CIDADE

Secretário não descarta estrutura provisória ao ar livre para permissionários do Mercadão

Local enfrenta impasse após multas por aglomeração seguidas por corredores vazios no Mercadão

Daniela Brito
Publicado em 28/07/2020 às 15:13Atualizado em 18/12/2022 às 08:12
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Foto/Jairo Chagas

https://jmonline.com.br/userfiles/image/2020/07/24/1-10---mercadao-entrada-interna.jpgApós diversas autuações por aglomeração, o Mercadão agora controla a entrada de pessoas por meio de senha

Secretário do Agronegócio, Luiz Carlos Saad, defende o bom senso para o funcionamento do Mercado Municipal. Segundo ele, qualquer tipo de flexibilização para o atendimento interno deve ser formalizada por meio de decreto. 

Neste sentido, o secretário diz que se houver interesse, a Associação dos Permissionários pode provocar a pasta, elaborando documento com as propostas de flexibilização. A partir daí, o secretário garante que vai apresentá-lo ao Comité técnico de Enfrentamento ao Coronavírus. “Eu me comprometo a fazer essa ponte para que possamos encontrar um meio termo para o funcionamento, atendendo às medidas sanitárias e aos interesses dos permissionários”, diz.

Desde a semana passada, o Mercado Municipal tem a entrada controlada por meio de senhas, onde é permitido apenas trinta clientes por vez. A sistemática, no entanto, não agrada o público, visto que gera longas filas do lado de fora e os corredores internos ficam vazios, prejudicando as vendas. “Nós estamos cumprindo o que prevê a lei”, ressalta Saad.

O secretário também não descarta a ideia de se montar uma estrutura do lado de fora para que o funcionamento das bancas seja ao ar livre, no estacionamento, localizado em frente ao prédio, na avenida Leopoldino de Oliveira. “Mas reforço, qualquer proposta deve partir dos permissionários”, assegurou.

Segundo ele, a proposta chegou a ser cogitada para ocorrer durante a reforma do Mercado Municipal, assim como o funcionamento no período noturno, mas não avançou por conta da pandemia. “Com o início das obras, isso pode ser pensado em conjunto com a Associação”, diz. Por outro lado, a reforma orçada em R$ 2,8 milhões está emperrada por conta de questões burocráticas, aguardando ainda a assinatura para a ordem de serviço. A obra, cuja previsão é de durar seis meses, será feita com recurso de operação de crédito junto ao Banco do Brasil, cujo empréstimo foi aprovado na Câmara Municipal de Uberaba.

Comerciantes discutem flexibilização e descartam se instalar na parte externa

Associação dos Permissionários pretende discutir novas propostas para flexibilizar o atendimento no Mercado Municipal, conforme garante o presidente Sérgio Henrique Manzan. Segundo ele, nos próximos dias será feita reunião para discutir as alternativas para melhorar a situação dos comerciantes, que sofrem com a queda das vendas devido ao baixo movimento imposto pelas regras sanitárias. Uma das ideias é ampliar o número de pessoas permitido para entrar no local, passando para cinquenta por vez. Em relação ao funcionamento na parte externa, Manzan acredita que a proposta não é viável, tendo em vista que os permissionários não possuem estrutura necessária, como os feirantes, o que seria um fator complicador, pois demanda investimento em meio a um momento de crise causada pela pandemia. Além disso, muitos produtos comercializados ali dependem de refrigeração, o que não é possível ao ar livre.

 

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