CIDADE

Bares e restaurantes já têm mais de 600 demissões e pelo menos 30 fecharão definitivamente

Tentando minimizar os prejuízos no setor, o sindicato teve outra reunião com Piau para apresentar novas medidas para possível reabertura

Daniela Brito
Publicado em 16/06/2020 às 17:07Atualizado em 18/12/2022 às 07:05
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Foto/Jairo Chagas 

Bares e restaurantes sofrem perdas e prejuízos com as portas fechadas há mais de 90 dias

Com estabelecimentos de portas fechadas há noventa dias, proprietários de bares e restaurantes continuam passando por dificuldades no município. Balanço informal do Sindicato dos Proprietários de Hotéis, Restaurantes, Bares e Similares Uberaba (Sinhores) aponta que mais de trinta estabelecimentos fecharão em definitivo devido aos efeitos da pandemia. O setor já contabiliza em torno de 600 a 800 demissões.

Para evitar mais prejuízos, o sindicato patronal busca entendimento junto à administração municipal para que seja flexibilizada a reabertura. Segundo presidente, Álvaro Renan Silva, plano de estratégico de retomada do setor foi apresentado na tarde de segunda-feira (15) durante reunião com o prefeito Paulo Piau. “Nós fizemos um apelo para que possamos reabrir de forma consciente com regras rígidas de funcionamento. O empresariado não tem mais fôlego para se manter. Precisamos de uma luz no fim do túnel”, afirma o dirigente.

Álvaro destaca que o atendimento restrito por delivery e retirada no balcão representa 10% do faturamento normal, o que não cobre as despesas de operações. Além disso, o aumento de informais é bastante significativo, ocasionando concorrência desleal. Ele revela que são mais de 500 novos estabelecimentos, que surgiram em aplicativos de entrega, que não possuem empresa constituída e sequer recolhem impostos. Também há o problema da abertura clandestina de bares e botecos, mesmo com a proibição, desrespeitando regras sanitárias e burlando a fiscalização. Outra situação é a validade da Medida Provisória 936, que suspendeu o contrato de trabalho, prestes a vencer. “Os trabalhadores terão de retornar e continuamos fechados”, diz.

Segundo o dirigente, a expectativa é que a reabertura esteja prevista no próximo decreto e comece a valer a partir da próxima segunda-feira, dia 22. O planejamento de retomada do setor prevê, na primeira fase de reabertura, distanciamento de dois metros entre mesas, com até quatro pessoas em cada uma, número limitado de clientes, de 50% da capacidade do estabelecimento. E mais: o atendimento deve ser feito somente com pessoas sentadas, sendo proibido ficar em pé ou no balcão, havendo ainda restrição de entrada para aqueles acima de sessenta anos, considerados grupo de risco. Fora das mesas, por exemplo, quando forem ao banheiro, os clientes ainda terão que usar máscaras de proteção, que será de uso obrigatório para funcionários.

 

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