POLÍCIA

Promotor alerta para aumento de casos de pedofilia pela internet durante isolamento

André Tuma explica que é preciso vigiar as crianças e adolescentes, que acabam ficando mais tempo em frente às telas nesse período de distanciamento

Michelle Rosa
Publicado em 29/05/2020 às 17:01Atualizado em 18/12/2022 às 06:39
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O distanciamento social é uma medida importante para proteger as famílias do coronavírus. Mas esse isolamento se tornou um perigo à vida de milhares de crianças e adolescentes no Brasil. Vítimas silenciosas de abuso sexual, elas estão convivendo 24 horas por dia com os autores, trancadas em seus lares, estando em perigo ainda maior, sem que as autoridades possam ser alertadas.

De acordo com o Promotor de Justiça e coordenador da Coordenadoria Regional das Promotorias de Justiça de Defesa da Educação e dos Direitos da Criança e do Adolescente (CREDCA), André Tuma, é preciso ter muita atenção nesse momento, especialmente com a internet.

“A questão da pandemia também faz com que, de alguma forma as crianças, também passem mais tempo na internet. Tendo em vista que as atividades presenciais foram reduzidas, as crianças também ficam vulneráveis as abordagens relacionadas à pedofilia através da tecnologia. Não podemos nos enganar, porque esse tipo de criminalidade não descansa, não diminui e nem cessa por causa de pandemia, guerra ou qualquer outro problema. Sempre vai ter alguém disposta a querer fazer com que nossas crianças se tornem vítimas.É por isso que especialmente nesse momento de pandemia que devemos ter nossos sentidos em alerta”, alerta o promotor.

Tuma ainda destaca que medidas podem ser adotadas pelos pais no monitoramento da navegação das crianças e adolescentes na internet. “Precisamos entender que a internet é um território livre, que podemos encontrar pessoas que não podemos ter contato por causa do distanciamento social que são legais, quanto podemos ter acesso a todo tipo de criminosos, bandidagem e até de pedófilos”, alerta.

E conclui. “O ideal é sempre saber com quem a criança está conversando, quais páginas está navegando e observar o comportamento deles na frente da tela, os horários, com quem está conversando, se fica mais arredia, ou se começou a esconder os acessos. Esse comportamento de ficar muito tempo na internet precisa ser vigiado, monitorado e de se estabelecer uma conversa com a criança, orientando quanto aos perigos que existem, porque muitos abusadores se passam por crianças para tentar ludibriar quem está do outro lado da tela”.

 

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