POLÍCIA

Família reconhece ser de idoso desaparecido o corpo localizado

Três filhos estiveram ontem no Instituto Médico Legal e confirmaram se tratar de Eurípedes Papini, o Pepita, o corpo localizado em loteamento

Renato Manfrim
Publicado em 19/10/2017 às 11:02Atualizado em 16/12/2022 às 09:43
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Sandro Neves

Corpo de Pepita foi encontrado em situação de mumificação em área verde de loteamento em implantação próximo ao Jardim Espírito Santo

Corpo de Eurípedes Papini, o Pepita, 81 anos, portador de Alzheimer, foi reconhecido pelos seus três filhos, no fim da manhã de ontem, no IML (Instituto Médico Legal) de Uberaba. Ele estava desaparecido desde o dia 18 do mês passado e havia sido localizado na terça-feira (17) em loteamento no Residencial Petrópolis, proximidades do Jardim Espírito Santo, já em estado de mumificação.

É preciso aguardar que os laudos da perícia técnica e do médico-legista sejam finalizados, segundo a delegada Mariana Pontes Andrade, que investiga o caso, para informar o que aconteceu com as roupas de Pepita, já que o seu corpo foi encontrado nu. Quando Pepita desapareceu, ele vestia camiseta com listras pretas e cinzas, bermuda preta e par de tênis preto. Inicialmente, não foram constatados pela perícia sinais de violência no corpo do idoso. Desta forma, ainda não foi possível verificar a causa da morte.

De acordo com a delegada Mariana, os três filhos de Pepita o reconheceram a partir de características bem específicas do pai, como formato das unhas e dos dedos, e também pelo fato de ele não ter os dentes da parte da frente da boca, apenas alguns dentes frontais, na parte de baixo. “Isso tudo indicou ser ele e a família disse não ter dúvidas”, comentou a delegada. Os fatos dos cabelos e barba rala brancos verificados no corpo e o senhor Pepita ser o único idoso que estava desaparecido em Uberaba (registrado na polícia) também ajudaram no reconhecimento.

Desta forma, segundo a delegada, não haverá necessidade do exame de DNA, que aconteceria no Instituto de Antropologia de Belo Horizonte. Como o corpo foi encontrado nu, a delegada declarou que, visto que ainda não foram finalizados os laudos tanto da perícia técnica como do médico-legista, ainda não é possível afirmar se o idoso foi vítima de furto ou roubo. “Estes laudos não chegaram para mim. Inicialmente, o corpo não tinha sinais de violência, mas só posso afirmar com certeza depois que os laudos estiverem prontos. O fato de que ele estava nu não é tão relevante por enquanto”, afirmou.

Em nota divulgada em redes sociais, a família do senhor Pepita acredita que ele morreu dormindo, na posição em que sempre repousava. “Deus, em sua infinita sabedoria, ofereceu a ele o descanso eterno. Obrigado, Senhor! Queríamos abraçar todos, um a um; agradecer a todos, um a um; rezar por todos, um a um. Todos que, de uma forma ou de outra, compartilharam, participaram, rezaram, oraram durante nosso sofrimento, nossas incertezas e nossa dor nesse período de quase 30 dias. Obrigado a todos por tudo que fizeram pelo papai e por nós! Estamos aqui para expressar nossa gratidão e reafirmarmos nossa fé inabalável na humanidade e em Deus”, diz trecho da nota.

Até o fechamento desta edição a família de Pepita realizava os procedimentos legais para liberação do corpo, para então divulgar a data e o local do velório e sepultamento.

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