Operação do Gaeco contra tráfico resulta na prisão de 29 pessoas

Operação do Grupo de Atuação Especial de Combate ao Crime Organizado (Gaeco) de Uberaba, em conjunto com a Polícia Militar, resultou na prisão de 29 pessoas por tráfico de drogas em Carmo do Paranaíba, na região do Alto Paranaíba. De acordo com o Ministério Público, a organização criminosa era responsável pela distribuição de 50% dos entorpecentes que abastecem a cidade. Os criminosos presos foram encaminhados para o presídio da cidade. Outros membros ainda estão sendo procurados.

Segundo o coordenador regional do Gaeco em Uberaba, o promotor Carlos Alberto Valera, a quadrilha estava sendo investigada há cinco meses por causa do tráfico de drogas, com apoio irrestrito do Poder Judiciário de Carmo do Paranaíba. “No curso das investigações reunimos vários elementos de prova que várias pessoas da mesma família, juntamente com outras, formaram uma organização criminosa para traficar droga naquele município. De todos os mandados expedidos só não conseguimos prender, na manhã desta sexta-feira, um dos suspeitos e isso redundou na prisão de 29 pessoas e no cumprimento de 35 mandados de prisão”, afirma.

A organização criminosa utilizava a tática de ficar com poucos entorpecentes para enganar as autoridades de segurança. “Eles compravam um volume de drogas do fornecedor e aí eles dividiam em várias bocas de fumo ou biqueiras para trabalharem com quantidades menores. Toda vez que havia abordagem de um vendedor ele dizia que era usuário e como o volume era pequeno, a quadrilha conseguia rapidamente repor a droga apreendida e ainda trocar o vendedor. Isso visa dificultar a abordagem, porque o usuário não é preso e se limita a assinar um termo circunstanciado de ocorrência e vai responder ao crime no Juizado Especial Criminal”, explica o promotor.

Além dos mandados de prisão cumpridos, o Gaeco ainda conseguiu verificar seis situações flagrantes de tráfico de drogas, jogo do bicho e um crime ambiental, em que um animal da fauna silvestre era mantido preso pela quadrilha. Os próximos passos do Gaeco de Uberaba é analisar todo o material apreendido, visto que foram recolhidos inúmeros celulares, computadores, tablets, pen drives e documentos para fortalecer as provas já obtidas e verificar se há mais pessoas envolvidas.

As ações desta manhã contaram com a participação de três promotores de Justiça e de aproximadamente 100 policiais militares mais um helicóptero da PM de Minas Gerais.