Médico-legista acaba indiciado por homicídio doloso depois de briga

Concluído o inquérito policial, médico-legista de Uberaba, R.N.P., 64 anos, afastado das funções, foi indiciado por homicídio doloso contra Arthur Pereira da Silva, 35. A informação foi divulgada ontem pela Polícia Civil, por meio da Delegacia de Homicídios e Proteção à Pessoa (DHPP).

O crime aconteceu no dia 1º de outubro de 2016, na rua Antônio Rodrigues Braga, bairro Irmão Soares, e vitimou Arthur com um tiro no peito, após o acusado tirar satisfações com a vítima, a qual havia discutido e brigado com o filho do médico-legista nas proximidades de choperia.

Teor do inquérito finalizado. Segundo o que foi apurado na investigação e informado à imprensa, momentos antes do homicídio, o filho do médico-legista passava de caminhonete pela rua Coronel Bento Ferreira, quando um "flanelinha", ao atravessar a pista, o obrigou a frear bruscamente a caminhonete. Em discussão, o jovem empurrou o "flanelinha". Neste momento, a vítima, que estava em frente da choperia, saiu em defesa deste, agredindo o filho do acusado. Durante a briga, a vítima chutou e danificou as portas da caminhonete.

Informado da confusão, quando o acusado chegou ao local, a briga já havia acabado. Mesmo assim, ele foi conversar com a vítima, para convencê-la a arcar com os danos da lataria da caminhonete. Arthur se recusou e discutiu com o acusado, que estava armado e efetuou um disparo no peito da vítima, fugindo do local.

No entanto, a equipe de investigadores do DHPP identificou o médico-legista por meio de depoimentos de testemunhas e gravações de câmeras de segurança. Pouco tempo depois do homicídio, o então suspeito se apresentou, acompanhado do seu advogado, e entregou a arma do crime. Ele alegou que atirou para se defender de agressão por parte da vítima.

Após todas estas informações, o delegado de polícia finalizou a investigação e indiciou o médico por homicídio doloso, ou seja, aquele que o pratica com a intenção de matar ou assume o risco de fazer isto. Ainda de acordo com informações da PC de Uberaba, o inquérito foi encaminhado à Justiça local.

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