POLÍCIA

Ataque ao Banco do Brasil em Uberaba completa um ano sem a prisão de todos os envolvidos

Publicado em 29/06/2020 às 11:42Atualizado em 18/12/2022 às 07:26
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Foto/Jairo Chagas - Arquivo

Caminhão usado pelos bandidos foi abandonado na porta da agência do BB na Leopoldino ainda com faróis e motor ligados

O ataque por bandidos fortemente armados a agência do Banco do Brasil em Uberaba completou um ano. No dia 27 de junho de 2019, grupo de 25 criminosos cercou a região central, trocou tiros com a polícia e chegou a fazer reféns, deixando os uberabenses apreensivos. Na ação, uma jovem foi baleada e acabou morrendo na semana seguinte. Outras pessoas ficaram feridas. Parte da quadrilha foi presa ainda no mesmo dia, após 10 integrantes se entregarem horas após o crime. O ataque à agência do Banco do Brasil aconteceu cerca de um ano e meio após Uberaba ser praticamente sitiada por criminosos que invadiram a Rodoban. 

De acordo com informações da Polícia Civil, a última prisão aconteceu em novembro do ano passado, em Americana (SP). O homem é apontado como líder da facção. Ao todo, 14 suspeitos da participação no crime já foram presos, sendo a maioria do interior paulista, como Campinas e Piracicaba. Os inquéritos dos criminosos presos já foram encerrados e estão à disposição da Justiça. A investigação ainda continua em busca dos outros envolvidos no crime. 

Três processos estão em tramitação, uma vez que os réus foram presos em momentos distintos. Dois processos já estão em fase de alegações finais e somente um ainda está em fase de instrução. Durante a pandemia ocorreu uma audiência, por videoconferência, com a participação dos advogados. 

O grupo com cerca de 25 criminosos assaltou o Banco do Brasil no dia 27 de junho, mas o banco informou que não divulgaria valores por questão de segurança. A ação criminosa envolveu intensa troca de tiros com a Polícia Militar por mais de uma hora; deixou uma jovem morta e feridos. 

Na época, o Banco do Brasil informou em nota que não informa valores subtraídos durante ataques criminosos às agências/unidades. Fachadas de outros bancos, de uma agência dos Correios e do Corpo de Bombeiros foram atingidas por disparos de armas de fogo, além de uma residência. 

Todas as câmeras do Circuito Olho Vivo em praticamente toda extensão da Leopoldino de Oliveira foram destruídas com disparos de arma de fogo. A ação impediu, inclusive, a aproximação de policiais militares. 

Outro local que também foi alvo de disparos foi o 8º Batalhão de Bombeiros Militares. Duas viaturas do Corpo de Bombeiros, que estavam estacionadas no quartel da avenida 13 de Maio, também foram atingidas. 

Além das agências bancárias e do quartel do Corpo de Bombeiros, tiros também atingiram o Anexo da Câmara Municipal de Uberaba Nagib Cecílio, onde ficam os gabinetes dos vereadores. Caminhão que estava cercando a Praça Rui Barbosa estava deixando mercadorias em lojas da região e os motoristas foram surpreendidos pelos bandidos com fuzil e feitos reféns por cerca de uma hora. Apesar de não terem sido atingidos, os ocupantes ficaram de escudo para os criminosos. 

Arquivo/Jairo Chagas

Após o ataque da quadrilha, o prédio da Rodoban, na rua João Pinheiro, ficou totalmente destruído pelas explosões daquela madrugada

Em novembro de 2017, criminosos assaltaram a empresa de transporte de valores Rodoban, praticamente sitiando a cidade. Nesta terça-feira (30) acontece o julgamento do recurso dos condenados no Tribunal de Justiça. Dos quatro acusados (três homens e uma mulher) levados a julgamento, três foram condenados a mais de 150 anos de prisão pelo juiz Fabiano Veronez, em 2018. O quarto foi absolvido e não houve recurso do Ministério Público. O assalto à Rodoban rendeu ao grupo cerca de R$45 milhões, segundo consta do processo. 

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