Infectologista desaconselha uso de Ivermectina como prevenção à Covid-19

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A Ivermectina acabou “sumindo” das farmácias e, naquelas onde ainda há o medicamento para a venda, só é possível comprar mediante apresentação de receita médica   Uso profilático da Ivermectina para a Covid-19 é desaconselhado pela médica infectologista Danielle Borges Maciel. A demanda pelo medicamento está sendo muito alta em Uberaba.   A médica esclarece que alguns estudos “in vitro” mostram que o fármaco tem atividade antiviral à Covid-19. Porém, esta eficácia não é comprovada em seres humanos. Segundo Danielle Maciel, a estimativa é que sejam necessários dez mil comprimidos de Ivermectina para ter uma ação antiviral em seres humanos para o novo coronavírus, “o que seria letal para o corpo humano”, completa.   Além disso, os especialistas não recomendam o uso profilático da Ivermectina para a Covid-19. Segundo a infectologista, além da falta de comprovação científica, a medicação pode proporcionar às pessoas uma falsa sensação de imunização, que pode levá-las a acabar deixando de lado medidas importantes de prevenção à Covid-19, como uso de máscaras, higienização constante das mãos e distanciamento social. “Esta é uma grande preocupação. As pessoas podem achar que estão imunes com a Ivermectina e abrirem mão de outras medidas de prevenção”, analisa.   Em Uberaba, algumas drogarias sequer têm o remédio disponível para a venda, devido à alta demanda. Em outras, o fármaco é vendido somente por receita médica. Conforme apurou a reportagem, uma caixa do remédio é encontrada por R$ 20 com quatro comprimidos. No entanto, em farmácias de manipulação, a Ivermectina é manipulada a pedido do cliente, sem receituário médico, com preços mais acessíveis.