POLÍTICA

Mesmo com anulação na Câmara, impeachment segue no Senado

Mesmo com a polêmica, o líder do Senado, Renan Calheiros (PMDB), assegurou que está mantida a votação

Gisele Barcelos
Publicado em 10/05/2016 às 23:27Atualizado em 16/12/2022 às 18:57
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Despacho do presidente interino da Câmara dos Deputados, Waldir Maranhão (PP), gerou dúvidas ontem sobre a continuidade do processo de impeachment da presidente Dilma Rousseff, que agora está em discussão no Senado. Mesmo com a polêmica, o líder do Senado, Renan Calheiros (PMDB), assegurou que está mantida a votação sobre o afastamento da petista nesta quarta-feira (11).

As divergências surgiram porque Maranhão assinou ontem uma decisão para anular a tramitação do impeachment da presidente na Câmara Federal. Ele acolheu recurso da AGU (Advocacia-Geral da União) questionando a votação do processo de afastamento de Dilma, no dia 17 de abril, pelo plenário da Casa.

O despacho do presidente interino derrubou as sessões realizadas para tratar o processo e ainda determinou que a proposta, agora discutida no Senado, volte para debate na Câmara para refazer a votação no plenário. O principal argumento para invalidar a sessão é que os partidos não poderiam ter dado orientação em relação ao voto individual dos parlamentares.

Apesar das alegações, o presidente do Senado decidiu dar seguimento ao afastamento da presidente no Senado. Com isto, foi lido ontem no plenário um resumo da conclusão da Comissão Especial do Impeachment. Senadores votam amanhã para deliberar sobre a abertura do processo. Se aprovado, Dilma será afastada temporariamente da Presidência por até 180 dias para a análise aprofundada da denúncia. Neste período, o vice Michel Temer (PMDB) assume o governo.

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