Legenda
Zezé Perrella teve nome citado em caso de pagamento de propina a Aécio Neves
O escândalo de corrupção que envolve os nomes dos senadores Aécio Neves (PSDB) e Zezé Perrella (PMDB) acertou em cheio também a política do Cruzeiro. Seis conselheiros do clube são investigados, sendo que dois deles foram presos preventivamente na manhã de ontem: o assessor de Perrella, Mendherson Souza Lima, e o primo de Aécio, Frederico Pacheco.
No fim do ano, o Cruzeiro promoverá eleições presidenciais. Perrella é considerado o nome mais forte para substituir Gilvan de Pinho Tavares, atual mandatário. As acusações de recebimento de propina, contudo, arranharam a imagem do senador, que vê a sua candidatura perder força.
Perrella é acusado de ter recebido dinheiro de propina repassado pelo grupo JBS ao senador Aécio Neves. O presidente da JBS, Joesley Batista, entregou ao Ministério Público gravação na qual o ex-governador de Minas Gerais é flagrado pedindo R$ 2 milhões para custear sua defesa na operação Lava Jato. A revelação foi feita pelo jornal O Globo.
O dinheiro foi entregue a um primo de Aécio, segundo a Polícia Federal. E, ao rastrear o caminho dos recursos, descobriu-se que o montante foi depositado em uma empresa de Perrella, que negou ter recebido “um real sequer” da JBS. Gustavo Perrella, filho de Zezé e secretário nacional de futebol e defesa dos direitos do torcedor, que por pouco tempo já foi o homem forte do futebol do Cruzeiro, também está envolvido, já que a empresa que recebeu os recursos, Tapera Participações Empreendimentos Agropecuários, está em nome dele.