Novos donos da F1 querem tirar vantagem financeira da Ferrari

Novo proprietário da F1, o Liberty Media nem bem começou a chefiar e já pretende mexer em um dos assuntos mais polêmicos do Mundial: a distribuição dos recursos financeiros. O grupo norte-americano afirmou que tem planos para frear a premiação extra que a Ferrari recebe anualmente e que gira em torno de US$100 milhões (algo em torno de R$318 milhões). 

A esquadra italiana é a única das 11 equipes do grid que está no campeonato desde a primeira temporada, ainda em 1950 e, por isso, ganha todo ano benefícios financeiros, além de possuir um enorme peso político nas decisões da categoria. Além do bônus, a Ferrari também recebe uma fatia da premiação pela colocação final no Mundial de Construtores. O time de Maranello também possui maior orçamento da F1, tendo gasto em 2016 o equilavente a R$1,3 bilhão. 

Agora, o Liberty deseja mudar esse cenário. Em uma tentativa de equilibrar as forças do grid, o grupo sugeriu que os benefícios financeiros da Ferrari deveriam ser redistribuídos entre seus rivais. A empresa americana defende que um grid mais igualitário financeiramente vai também melhorar o espetáculo e evitar o domínio de uma única equipe, como vem acontecendo agora com a Mercedes e como já ocorreu com a Red Bull e com a própria Ferrari em anos recentes. 

O Liberty também acredita que, com maior competição, a equipe vermelha pode ampliar seu grupo de patrocínios, o que superaria a perda do bônus. Não está claro, entretanto, o quanto do bônus da Ferrari pode ser cortado, mas o atual acordo para a distribuição dos prêmios da F1 vai até 2020, quando as equipes, o promotor e a FIA vão novamente discutir os termos de um novo contrato.