Cerca de dois meses após o acidente aéreo que dizimou praticamente todo seu elenco, a Chapecoense voltará a luzir sua cor, o verde, em campo logo mais, com uma equipe reconstruída em tempo recorde, em um amistoso contra o Palmeiras, atual campeão brasileiro.
A partida oferecerá nova oportunidade de homenagear as vítimas da tragédia de 28 de novembro, quando faleceram 71 pessoas, entre elas 19 jogadores, na queda do avião que levava a delegação da Chapecoense à Colômbia para disputar a final da Copa Sul-Americana.
A Chape poderá também apresentar a seus torcedores, no estádio Arena Condá, de Chapecó, o troféu continental que lhe foi finalmente atribuído a pedido do Atlético Nacional, de Medellín, que seria o adversário do time catarinense na final da competição.
O próprio clube parece dividido entre a vontade de homenagear a memória de seus ídolos e a necessidade de virar a página e seguir em frente.
"Este amistoso contra o Palmeiras estará repleto de emoção, mas será a última etapa de um ciclo de homenagens, porque já é hora de pensar no futuro da Chapecoense", declarou à AFP Nivaldo, goleiro histórico do clube que se aposentou após o drama para fazer parte da comissão técnica. O atual elenco da Chape conta com 28 jogadores, a maioria emprestada por outros clubes, e o primeiro passo nessa reconstrução será dado hoje contra o Palmeiras, clube que foi o último adversário oficial da equipe, em 27 de novembro. Naquela data, jogando em São Paulo, o clube paulista venceu por 1 a 0 e os três pontos lhe valeram o título do Campeonato Brasileiro.