POLÍCIA

Homem é morto após tentar invadir residência de policial civil em Uberaba

Luiz Gustavo Rezende
Publicado em 15/07/2020 às 18:48Atualizado em 18/12/2022 às 07:51
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Um homem, de 40 anos, tentou invadir a residência de um policial civil, de 31 anos. O autor desferiu um golpe de tesoura contra o agente e acabou sendo morto com um tiro na cabeça. O homem morto é João Carlos da Silva Dias, de apelido Pescoço, e o caso foi registrado na rua Engenheiro George Chirre Jardim, bairro Gameleiras 2, hoje (15).

Documento confeccionado para o caso, por ordem da autoridade policial, aponta que situação aconteceu por volta das 2h da madrugada. Segundo o policial, ele estava em casa e ouviu barulhos, momento em que pegou a arma e saiu para averiguar o que era.

Ele percebeu um indivíduo tentando invadir a casa. O suspeito evadiu e o policial correu atrás dele, em determinado momento, o homem parou e investiu contra o policial, desferindo uma tesourada no pescoço do agente.

Durante a luta corporal, segundo o policial, ele desferiu uma coronhada contra o suspeito e atirou na cabeça dele. Posteriormente, foi para a Unidade de Pronto-Atendimento do Mirante, durante o trajeto acionou o delegado regional e o delegado de plantão, que foram para o local e encontraram o suspeito caído em meio a via pública.

Imagens de câmeras de segurança foram colhidas para serem analisadas durante o trabalho de investigação. O policial se apresentou espontaneamente na Delegacia de Polícia após receber alta na unidade de saúde.

A Polícia Civil de Minas Gerais emitiu nota sobre o ocorrido, confira na íntegra:

Na madrugada do último dia 15, por volta de 02h40min, o Investigador de Polícia M.E.O., de 31 anos de idade, comunicou por telefone ao Delegado Regional de Polícia Civil da 1 Drpc de Uberaba que havia efetuado disparo de arma de fogo contra um indivíduo que teria tentado subtrair o estabelecimento comercial de sua família, onde residem e enquanto dormiam.

O policial ainda informou que havia sido lesionado no pescoço em decorrência de um golpe de faca pelo indivíduo em questão e estava a caminho da UPA para atendimento médico mas se colocava à disposição para se apresentar à Delegacia de Plantão.

Imediatamente, a equipe do DHPP foi acionada pela Delegacia Regional e compareceu ao local do fato, juntamente com a perícia da Polícia Civil.

Nesse momento, o policial estava sendo atendido na UPA.

Foram obtidas imagens de câmeras de segurança, coletados demais vestígios, a exemplo de uma metade de tesoura junto ao corpo da vítima, e realizadas diligências para identificar a vítima, que não portava documentos e aparentava ser usuária de droga.

Antes que as diligências iniciais fossem encerradas, o policial autor do fato recebeu alta hospitalar e compareceu espontaneamente à Delegacia de Plantão, apresentando-se ao Delegado de Polícia de Plantão.

Na sequência, investigadores do DHPP conseguiram identificara a vítima e localizar seus parentes. A vítima J.C.S.D., de 40 anos de idade, tinha passagens policiais por furtos e agressões à pessoa.

O corpo foi encaminhado ao IML para os exames necroscópicos. A ocorrência foi registrada pelo DHPP e entregue à Autoridade Plantonista que instaurou inquérito policial para investigar os fatos, ouvindo o autor e testemunhas, requisitando provas periciais e apreendendo os objetos arrecadados.

A arma de fogo do policial foi apreendida pelo Delegado de Plantão e o autor forneceu material genético para a realização de exame de DNA na tesoura encontrada junto ao corpo da vítima.

Diante da apresentação espontânea e da colaboração com a investigação, o Delegado de Plantão entendeu que não estavam presentes nenhum dos pressupostos da prisão em flagrante delito, previstos no art. 302 do Código de Processo Penal, pois foi o próprio suspeito quem comunicou o fato à Polícia, apresentou-se e entregou a arma de fogo espontaneamente.

Desse modo, por ora, o policial responde em liberdade ao inquérito policial que será encaminhado ao DHPP e deverá ser concluído no prazo de trinta dias, após o que será encaminhado ao Ministério Público e ao Poder Judiciário.

Delegacia de Homicídios e de Proteção à Pessoa de Uberaba – DHPP.

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