SAÚDE

112 pessoas são contaminadas por coronavírus em academias da Coreia do Sul

Casos foram analisados por pesquisadores que concluíram que estes locais possuem grande risco de contaminação

Publicado em 19/05/2020 às 21:04Atualizado em 18/12/2022 às 06:27
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Uma situação de contaminação coletiva na Coreia do Sul pelo novo coronavírus chamou atenção de pesquisadores. 112 pessoas foram infectadas durante aulas de dança em 12 academias, o que reacende a discussão relativa a reabertura destes estabelecimentos.

Os casos foram registrados em março na Coreia do Sul e analisado por pesquisadores da Universidade de Dankook. Foi elaborado um estudo sobre riscos de contaminação em ambientes fechados, sendo publicado na revista Emerging Infectious Diseases. O fato comprovou que atividades nestes ambientes podem fornecer alto contágio do vírus.

A pesquisa concluiu que a atmosfera úmida e quente dos locais fechados de academia, justamente com o fluxo de ar gerado por atividades físicas de nível intenso, podem causar uma transmissão mais densa de gotículas isoladas.

Das 112 contaminações, 82 eram assintomáticas, ou seja 73,2% não demonstraram sintomas. Antes do fechamento das instalações devido aos contágios, 217 pessoas foram expostas. Os casos ocorreram em fevereiro, porém foram identificados até 9 de março.

Ainda segundo a análise sul-coreana, os instrutores foram responsáveis por mais da metade das contaminações. Eles treinaram por quatro horas e, embora nenhum apresentasse sintomas na época, oito deles acabaram testando positivo para o vírus. No total, eram 27 profissionais.

"Os instrutores e os alunos se reuniram apenas durante as aulas, que duravam 50 minutos duas vezes por semana e não tinham contato fora da sala. Em média, os alunos desenvolveram sintomas de 3 a 5 dias após participar de uma aula de dança física", segundo os pesquisadores de Dankook.

Não foram registrados casos em turmas com menos de cinco participantes. Ficou registrado também que, em aulas ministradas nas modalidades de pilates e ioga, nenhum aluno contraiu a doença. Portanto, a hipótese, segundo os pesquisadores, é que atividades de menor intensidade não causam o mesmo efeito de transmissão.

*Com informações Correio Braziliense

 

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