A juíza Maria Cecília Pinto Gonçalves, da 52ª Vara Cível, se declarou "suspeita por motivo de foro íntimo" e não irá julgar o processo que pede a anulação da eleição do Vasco de novembro do ano passado. Em sua decisão, ela transfere o caso para o juiz tabelar do 1º Juizado Especial Cível
Maria Cecília ficou conhecida por ter sido a responsável por anular os votos da urna 7 no pleito do ano passado por alegar que os sócios ali envolvidos tinham cadastros no clube sob indícios de fraude. Desconsiderando tais votos, a oposição acabou por vencer o candidato da situação Eurico Miranda.
O pedido de anulação da eleição este ano já teve duas etapas importantes: a primeira quando a Justiça acatou a solicitação e cancelou o pleito, determinando uma nova votação para 8 de dezembro de 2018. Na semana passada, porém, a 17ª Vara Cível suspendeu essa liminar em caráter provisório e encaminhou os processos para a 52ª, justamente a da juíza Maria Cecília, que tomou esta decisão nesta quarta-feira.
Por conta do impasse jurídico, o presidente do Vasco, Alexandre Campello, alega que o clube não tem conseguido obter um empréstimo na ordem de R$ 31 milhões em função da TV Globo não se sentir segura juridicamente para conceder as garantias.