Os duelos das semifinais do Campeonato Mineiro entre Atlético e América vão opor duas equipes que ainda buscam o melhor ajuste possível de seus setores ofensivos. Por causa das diversas mudanças em relação ao ano passado, tanto o Galo quanto o Coelho tiveram em 2018 uma média de gols abaixo do esperado. Se o Alvinegro balançou as redes 22 vezes em 16 jogos (1,37 de média), o Alviverde marcou apenas 15 nas 12 vezes (média de 1,25) que entrou em campo na temporada.
Ainda em fase de adaptações, as equipes ainda não consolidaram seus titulares do setor ofensivo. Com um ataque totalmente modificado, o Galo teve oito formações diferentes desde que estreou na temporada sob o comando de Oswaldo de Oliveira. O técnico interino Thiago Larghi, que já comanda a equipe em 10 jogos consecutivos, também procura o melhor quarteto que possa render mais. O único atleta que vem sendo mantido é o atacante Ricardo Oliveira. Já Enderson Moreira, que também ganhou reforços em 2018, vem dando continuidade a Rafael Moura, camisa 9 da equipe. Os demais foram trocados com frequência – houve 10 formações distintas dos homens de frente.
Thiago Larghi sabe que ainda falta muito para que o Galo possa ter uma equipe considerada titular: “Sinceramente, ainda não tenho o time ideal. Estamos num processo. Tenho que repetir isso. A sequência de jogos é num intervalo curto. Tenho que insistir em algumas formações e testar outras. Não é mudar tudo nem repetir tudo. Isso seria incoerente”.
A exemplo do colega, Enderson Moreira entende que a equipe vive uma fase de experiências e que o desempenho só terá evolução no decorrer do campeonat “Mesmo com tantas entradas e saídas, o América está mostrando um padrão. Faltam alguns ajustes, a equipe não está no nível que a gente sabe que pode render. Mas é uma coisa natural que vai acontecer com a sequência”.