A Fifa anunciou a prolongação da suspensão cautelar ao presidente da CBF, Marco Polo Del Nero, ontem, aumentando para 45 dias o afastamento do dirigente brasileiro de atividades relacionadas ao futebol. Ex-membro do conselho da Fifa, Del Nero foi suspenso de maneira cautelar de todas as atividades relacionadas com o futebol por 90 dias em dezembro.
O prolongamento foi decidido pela câmara de instrução da comissão de ética da Fifa, presidida pela magistrada colombiana María Claudia Rojas. Ao mesmo tempo, a câmara transmitiu seu relatório a sua equivalente de julgamento, presidida pelo grego Vassilios Skouris, que abriu expediente formal contra Del Nero.
Del Nero faz parte das várias personalidades do futebol sul-americano investigadas pela Justiça dos Estados Unidos, desde o megaescândalo de corrupção que abalou a Fifa. O dirigente assumiu a CBF em abril de 2015, pouco antes de vir à tona o caso conhecido como "Fifagate". Neste mesmo ano, a polícia americana prendeu o antecessor de Del Nero, José Maria Marín, por ter participado desde esquema de corrupção.
No total, 42 pessoas foram acusadas pelos EUA e apenas três se pronunciaram inocentes: Marín, Juan Ángel Napout, ex-presidente da federação paraguaia e da Conmebol, e Manuel Burga, ex-dirigente da federação peruana.