A rede de televisão CNN apresentou com exclusividade documentos que comprovam mais problemas para a empresa aérea LaMia, que fez o transporte da Chapecoense para o fatídico acidente em novembro de 2016.
A apólice de seguro da LaMia estava suspensa desde outubro, um mês antes do acidente, por falta de pagamento. Outro ponto é que a seguradora não cobria voos para Colômbia, Peru, Afeganistão e outros países. Mesmo com essas exclusões, a empresa boliviana conseguiu voar para território colombiano por 8 vezes.
Em entrevista para a ‘CNN’, Omar Durán, advogado boliviano especializado em aeronáutica, afirma: “Direção Geral de Aeronáutica Civil, como tal, deve ser responsabilizada pela falta de fiscalização em uma aeronave, ainda mais aquelas de uso frequente”.
“O que vejo neste caso é que há uma dupla omissão, por parte das autoridades de onde saiu o voo (Bolívia) e por parte das autoridades de onde chegou o voo (Colômbia). Então, se houve um acidente, esses familiares podem processar esses dois países”, afirmou Fredy Gutierrez, especialista colombiano em litígios relacionados a seguros.
Tanto na Bolívia quanto na Colômbia, as agências de avião civil possuem o poder de fiscalizar tais irregularidades e suspender as atividades de uma empresa que não mantenha seu seguro em dia.