ESPORTE

“Tenho como contribuir com o esporte de Uberaba”, garante Marcelo Uberaba

Longe das quatro linhas, Marcelo acredita que ainda pode contribuir com o esporte de Uberaba

Publicado em 22/08/2016 às 08:22Atualizado em 16/12/2022 às 17:38
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Divulgação

Marcelo Uberaba calou o Maracanã em 2007, quando a torcida vascaína esperava o milésimo gol de Romário

4 de abril de 2007. Maracanã lotado para assistir ao milésimo gol de Romário. Vasco-RJ e Gama-DF empatavam em 1 a 1 e o resultado classificava a equipe carioca para as oitavas de final da Copa do Brasil. 49 minutos do segundo tempo, falta para a equipe do Distrito Federal e Marcelo Uberaba vai para a bola. A torcida vascaína se cala ao assistir, imóvel, a cobrança perfeita do desconhecido volante.

Responsável por estragar a festa de Romário naquela oportunidade, hoje, aos 38 anos, Marcelo Uberaba vive no anonimato. É auxiliar de serviços gerais em uma empresa do setor de construção civil na cidade.

O jogador deu os primeiros chutes no campo do Zé do Tiro, no Parque das Américas. Atuou nas categorias de base do Fabrício e foi para o Uberaba, onde se profissionalizou aos 18 anos e viveu momentos de glórias, como o acesso ao Módulo I do Campeonato Mineiro em 2003, ao lado de Palhinha, Gilson Batata e companhia. “Fui o único atleta que disputou todas as partidas do Módulo II. Foi um momento inesquecível em minha carreira”, lembrou Marcelo.

Em seguida, passou pelo Nacional de Uberaba, equipes do interior de São Paulo, Caldense-MG, Crac-GO, Cene-MS, e Americano-RJ. No time carioca, foi eleito o melhor jogador da Taça Guanabara de 2006, o que lhe garantiu uma transferência para o Botafogo aos 29 anos.

“No Glorioso tive a oportunidade de jogar ao lado de grandes atletas como Dodô, Scheidt e Diguinho. Fui treinado pelo Cuca, atual comandante do Palmeiras e líder do Brasileirão. Assim que cheguei ao Botafogo, tive uma proposta do Japão que me deixaria milionário. No entanto, quebrei o braço descendo as escadas e a negociação melou”, lamentou o ex-jogador.

Depois, Marcelo passou por times de menor expressão, como Ituano-SP, Noroeste-SP, Volta Redonda-RJ, Gama-DF e Mineiros-GO. Na equipe goiana, foi obrigado a encerrar a carreira precocemente, aos 32 anos. Com uma ruptura total do tendão patelar do joelho esquerdo – mesma lesão que quase arruinou a carreira de Ronaldo Fenômeno – Marcelo Uberaba não conseguiu ter a recuperação desejada e achou melhor abandonar os gramados mesmo com propostas de equipes do Sul do país.

Longe das quatro linhas, Marcelo acredita que ainda pode contribuir com o esporte de Uberaba. “A gente quer ser reconhecido. Não tenho mágoa de ninguém e espero com toda a humildade uma oportunidade para fazer algo a mais pelo esporte local”.

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