ESPORTE

Palmeiras tem menor crescimento de dívida fiscal do que rivais

Publicado em 05/05/2016 às 21:36Atualizado em 16/12/2022 às 19:01
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Desde que Paulo Nobre assumiu a presidência do Palmeiras, em 2013, o discurso da direção do clube foi sempre o mesm “Não faremos loucuras. O Palmeiras andará com as próprias pernas”. A estratégia do mandatário para equilibrar as finanças do Alviverde, além de outros aspectos, passa pela não adesão ao ProFut, um plano diferente dos outros 11 clubes considerados grandes do país.

Entre os quatro maiores times de São Paulo, o Palmeiras foi o único que não aderiu ao plano proposto pelo governo, o que se mostrou um método correto do clube, que apresentou o menor crescimento em sua dívida fiscal. Em 2014, o Alviverde somava R$ 63,4 milhões em débitos com o governo, passando para R$ 67,7 milhões em 2015 – um aumento de 7%.

O Santos, que tem visto a rivalidade com o clube de Palestra Itália cada vez mais acirrada por conta dos embates decisivos em Campeonato Paulista e Copa do Brasil, fora de campo, leva uma goleada do Verdão. O Peixe acumula R$ 128,4 milhões em dívidas fiscais, um aumento de 27% em relação a 2014, quando devia R$ 100,9 milhões.

O período também fez o São Paulo perder o título de “melhor pagador”. Em 2014, o São Paulo era quem menos devia ao govern “apenas” R$ 59 milhões. De um ano para o outro, porém, o clube viu o débito aumentar 40%, chegando a R$ 82,4 milhões.

A situação mais delicada, no entanto, é a do maior rival Corinthians. O clube do Parque São Jorge deve R$ 184,8 milhões, quase o triplo do valor que o Palmeiras precisa quitar. Em porcentagem, os débitos fiscais subiram 26%, praticamente quatro vezes o crescimento do Alviverde.

A situação do Timão é ainda mais alarmante quando analisada a variação entre 2011 e 2015. Enquanto Palmeiras, Santos e São Paulo aumentaram as dívidas fiscais em 38%, 36% e 35%, respectivamente, o Timão viu os números saltarem incríveis 221% – valor impulsionado pelos gastos no pagamento da Arena de Itaquera.

É preciso ressaltar, porém, o artifício palmeirense em pegar mais de R$ 100 milhões emprestados com o próprio presidente Paulo Nobre. O dinheiro do dirigente foi utilizado pelo clube para alongar as dívidas, pagando os vencimentos mais curtos e postergando os prazos.

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