O presidente do São Paulo, Carlos Miguel Aidar, vai se reunir amanhã com ex membros da diretoria e comunicar que renuncia ao cargo. Acuado pela crise política e isolado pela saída de antigos aliados, o dirigente tomou a decisão durante o fim de semana e sai para evitar um processo de impeachment, que já tem sido articulado por opositores.
Aidar convocou um encontro com antigos colegas de gestão nesta terça-feira, para oficializar a saída do cargo e entregar ao Conselho Deliberativo a carta de renúncia. O presidente do órgão, Carlos Augusto de Barros e Silva, o Leco, vai assumir a presidência do clube por 30 dias e, ao fim do prazo, terá de convocar novas eleições. O mandato do sucessor de Aidar vai até abril de 2017.
Os acontecimentos da última semana minaram a força política de Aidar e o isolaram no cargo. No sábado, o presidente recebeu o comunicado de que o grupo político liderado pelo seu antigo vice Júlio Casares, havia retirado o apoio e passava a integrar a oposição. Na sexta, o presidente se reuniu com as suas filhas e repensou a decisão de continuar no comando, diante de tantos conflitos. Aidar assumiu o cargo em abril de 2014, como antecessor de Juvenal Juvêncio. Foi a segunda passagem do dirigente pelo clube. A primeira foi entre 1984 e 1988, quando o São Paulo conquistou como principal título o Campeonato Brasileiro de 1986.