ESPORTE

USC volta a discutir retomada do estádio Boulanger Pucci

Uberaba Sport decidiu travar mais uma batalha judicial tendo o objetivo de recuperar a área que era ocupada pelo estádio Boulanger Pucci

Tiago Mendonça
Publicado em 09/10/2015 às 08:38Atualizado em 16/12/2022 às 21:50
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Foto/Arquivo

Estádio Boulanger Pucci foi a leilão e arrematado pela construtora RCG e o Supermercado LS Guarato

Uberaba Sport Club decidiu travar mais uma batalha judicial tendo o objetivo de recuperar a área que era ocupada pelo estádio Boulanger Pucci. Em reunião na última quarta-feira (7), os advogados Luis Fernando de Freitas (presidente do Conselho Deliberativo do USC), Paulo Roberto Mariano da Silva (representante da empresa Archyvo X Produções Artísticas) e demais conselheiros do Colorado debateram a nova ação a ser ajuizada na Justiça Estadual.

Em pauta, duas discussões. A primeira é o registro de escritura de declaração em cartório de Pedro Cler Pares, então proprietário da Archyvo X (empresa que realizou o “Xou da Xuxa” em Uberaba, em 1998). No documento, Pedro Cler revela que os contratos entre o Uberaba Sport e a empresa Archyvo X “não são verdadeiros, visto que nem ao menos existe nos mesmos minha assinatura e/ou rubricas” e “o mesmo se pode afirmar das cópias dos Contratos anexados no processo”.

O segundo ponto apresentado é o documento de defesa de Geraldo Carlos de Sousa (Geraldo Propão, presidente do USC em 1998). De acordo com Luis Fernando de Freitas, o ex-dirigente questionou o motivo do processo contra sua pessoa, uma vez que o mesmo alega nunca ter assinado contrato com nenhum evento musical em nome do Uberaba Sport Club, inclusive o show da cantora e apresentadora Xuxa Meneghel. O suposto envolvimento do USC no evento fez com que o estádio Boulanger Pucci fosse a leilão e arrematado pela construtora RCG e o Supermercado LS Guarato, no dia 27 de fevereiro de 2009, por pouco mais de R$2 milhões. O arremate obrigou o Colorado a deixar as dependências do estádio no dia 9 de dezembro de 2009.

“Esses dois documentos são a prova cabal de que a nota promissória apresentada foi simulada. Esta simulação é um ato prescritivo, que pode ser feita a qualquer momento. O Uberaba Sport tem uma nova chance de mostrar para os juízes que, de fato, o clube perdeu um patrimônio por uma dívida que não fez. Agora a verdade veio à tona. Vamos torcer para que os magistrados tomem a decisão acertada”, declarou Luis Fernando.

A reportagem do Jornal da Manhã também manteve contato com o advogado Públio Emílio Rocha, ex-diretor jurídico do Uberaba Sport na época da contratação do evento e defensor do empresário Oscar Lacerda – Kakai. “Acho que estão agindo de má fé, pois estão tentando enganar a torcida e a imprensa uberabense com um assunto que já dura mais de 17 anos. Minha defesa alega apenas a prescrição deste processo que já deveria estar extinto”, concluiu Públio Emílio Rocha. A reportagem ainda tentou manter contato com Geraldo Propão e também com o empresário Oscar Lacerda. Ambos não foram localizados pela reportagem.

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