Renato Perez renuncia à vice-presidência do Nacional

A Diretoria Executiva do Nacional Futebol Clube teve ontem mais uma renúncia. Até então o vice-presidente do Naça, Renato Perez, entregou carta de renúncia ao clube manifestando que não irá mais continuar à frente do cargo. O principal motivo, segundo o próprio Renato, na carta e em entrevista à Rádio JM – AM 730 kHz, foi a discordância de comportamento da atual diretoria do Alvinegro.

De acordo com o ex-vice-presidente, a pretensão de diretores para que seja nomeado um presidente da Executiva o motivou a sair do cargo. “Não entendo como pode um clube procurar alguém para nomeá-lo presidente, sendo que há candidata declarada para as eleições à presidência. A diretoria, que está lá, está fazendo de tudo para que não tenha eleição. Eles entendem que os conselheiros não têm capacidade para tomar essa decisão”, afirmou.

Essa foi a segunda renúncia na Diretoria Executiva. Mês passado, o até então presidente Salem Ibrahim El Messi deixou o cargo. Além disso, toda a mesa diretora do Conselho Deliberativo também manifestou renúncia. Hamilton Felix foi eleito novo presidente do Conselho e a ele foi dada a decisão de remanejamento ou convocação de eleições no clube.

Sem presidente da Executiva, Renato Perez seria o primeiro da linha sucessória, caso houvesse remanejamento. Seria. “Não quero falar em causa própria, até porque já entreguei o cargo. Mas, se tinha o vice na escala, porque não chamar e perguntar se gostaria de assumir? Quando eles perguntaram, eu disse sim. Mas eles queriam, na realidade, minha carta de renúncia”, afirmou.

Renato também ressaltou que não deixará o cargo de Conselheiro Permanente do Conselho Deliberativo do Naça. “Estou deixando a vice-presidência da Diretoria Executiva. Não abro mão de ser conselheiro do Nacional, pois entendo que é a única forma de colocar o clube no caminho certo”, destacou.

Arrogância. No trecho final de sua carta de renúncia, Renato Perez repudiou o autoritarismo de diretores. “Hoje, se sentem como se fossem Deus, e tivessem o direito de julgar os outros, não chamando os pares a fim de tomar as decisões importantes para o clube. Assim, lamento muito que agora se intitulem Deus, senhores da Verdade e da Razão, com uma arrogância que chega a assustar, vociferando tais pensamentos nas rádios da cidade, mas que podem ter certeza, um dia serão julgados pelos seus atos autoritários. Por estes motivos, apesar da importância do cargo, entendo não ser possível continuar participando desta administração”, concluiu.