POLÍTICA

Prefeitura entra com recurso no TJMG contra abertura de lojas de material de construção

Gisele Barcelos
Publicado em 20/04/2020 às 17:05Atualizado em 18/12/2022 às 05:45
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Prefeitura de Uberaba tenta derrubar liminar de primeira instância que liberou lojas de material de construção a trabalharem com portas abertas e permitindo a entrada de clientes no interior. O prefeito Paulo Piau (MDB) afirma que recurso já foi protocolado no Tribunal de Justiça de Minas Gerais (TJMG) para contestar a decisão.

A primeira empresa do segmento que conseguiu a liminar para atender os clientes dentro da loja foi a , mas em seguida liminar favorável também foi dada para outros seis estabelecimentos do ramo e abriu o caminho para as demais empresas do setor. O grupo alegou que o negócio também se encaixa na lista de produtos essenciais.

De acordo com Piau, a argumentação das lojas de material de construção é equivocada porque não se tratam de produtos essenciais. Ele ainda ressalta que os empresários precisam de compreensão porque a reabertura do comércio não pode ser feita de uma vez. “Entramos na segunda instância para derrubar a liminar da Comarca local. É nossa obrigação. Não estamos olhando produto A, B ou C, estamos estamos olhando o vírus”, pondera.

Piau ainda defende que as empresas do segmento não ficaram paradas em nenhum momento. “As lojas estavam de portas fechadas, mas continuavam comercializando”, disse.

O chefe do Executivo afirma que o posicionamento também vale para outros setores, como lojas de departamentos, confecções e garagens de veículos. “O adentramento de pessoas em lojas que não sejam de produtos essenciais continua com restrições. As pessoas precisarão se reinventar para mostrar produtos”, declara.

Segundo o prefeito, avaliações são feitas diariamente sobre a evolução do novo coronavírus em Uberaba e o comitê técnico de enfrentamento à doença ainda aponta a necessidade de medidas de distanciamento. “Nossa curva está boa, mas se acelerar demais [a propagação do vírus] pode piorar. Vamos devagar! [...] Vamos continuar seguindo a opinião dos especialistas, sem fazer concessão para segmento nenhum. Assim vamos dar conta de controlar a expansão do coronavírus, como estamos fazendo. Não vamos forçar a barra”, encerra.

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