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Os 55 anos da Academia de Letras do Triângulo Mineiro

Eram três: dois advogados e um padre. Tudo começou com o idealismo de Edson Prata...

Padre Prata
Publicado em 12/11/2017 às 10:22Atualizado em 16/12/2022 às 09:07
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Eram três: dois advogados e um padre. Tudo começou com o idealismo de Edson Prata, José Mendonça e Juvenal Arduini. Os três de conhecida expressão cultural na cidade. Cultos e idealistas. O encontro foi bem planejado. Idealizaram um projeto. Faz tempo. Foi em 1962. O encontro realizou-se na residência de José Mendonça. Enquanto Dona Maninha preparava o café, os três iniciavam a criação da maior expressão literária da região. Haveria dificuldades. Problemas. Nada importava. O fato é que a ideia se concretizou. Nascia ali, na rua Segismundo Mendes, a Academia de Letras do Triângulo Mineiro.

Pela frente um problema difícil: a escolha dos elementos que formariam aquele grupo. Outras reuniões vieram depois. Agiam com prudência. Discutiram as possibilidades. Afinal, o primeiro grupo foi formado. Foram 26 os primeiros convocados. Outros viriam depois para formar os 40 exigidos pelas leis dos imortais.

Estas lembranças são um pedido de nosso querido presidente João Eurípedes Sabino. Quero deixar bem claro que não consultei nenhum arquivo. Estou escrevendo o que me dita minha velha memória. Tudo isso se passou há 55 anos. É a idade de “nossa” Academia. Desse grupo de amantes das letras que tanto amamos. Daquele primeiro grupo não sei quantos ainda estão vivos. Parece-me que apenas um. Não tenho certeza. Se eu tivesse aqui por perto o Marcelo Prata dos Santos ou o Guido Bilharinho, as duas excelentes memórias da região, talvez eu pudesse responder. Estou confiando na minha memória, que não está assim muito segura do que afirma. Se eu errar, eles irão me corrigir. Agradeço antecipadamente.

Vivi 55 anos dentro da Academia de Letras do Triângulo Mineiro. Com poucas ausências nas reuniões. Senti de perto os erros e os acertos lá dentro. É natural, houve retas e curvas. Boa e má vontade. Entusiasmo de uns, falta de interesse de outros. Concórdia e discórdia. Altos e baixos. Presidentes excelentes. Outros nem tanto. O importante é que nossa Academia permanece de pé. Não somos perfeitos. O que nos conforta é que as portas não se fecharam. Às vezes faltou óleo, mas com tolerância a paz voltou e nossa Academia respira em relativa paz. Para quem crê, novos caminhos sempre se abrem. Uma luz sempre se acende. Como disse não sei quem, “c’est la vie”...

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