CIDADE

Saúde do Estado diz que manutenção do fumacê depende de interesse do município

O superintendente regional de Saúde, professor Mauricio Ferreira, esclarece que o governo estadual apenas repassa os insumos às regionais de Saúde

Daniela Brito
Publicado em 14/03/2020 às 13:12Atualizado em 18/12/2022 às 04:57
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Em meio ao anúncio da Prefeitura de Uberaba de que o fumacê encerrou as atividades na semana que passou com a justificativa de que a determinação teria partido do Governo do Estado, a Superintendência Regional de Saúde nega a informação e alerta que o serviço pode ser mantido, se houver interesse do município. 

O superintendente regional de Saúde, professor Mauricio Ferreira, esclarece que o governo estadual apenas repassa os insumos às regionais de Saúde, com base nos dados epidemiológicos. Todo material é adquirido pelo governo federal, por meio do Ministério da Saúde. Ele admite que não há insumos, mas revela que não houve determinação para que o serviço fosse suspenso em Uberaba. “Não há esta determinação”, afirma.

Ele, também, diz que a administração municipal pode manter o serviço, comprando diretamente os produtos, como está ocorrendo em outras cidades mineiras. “Basta que a Prefeitura compre, mantendo o serviço. Esta medida está sendo adotada por várias cidades, para garantir o fumacê”, informa o superintendente. Mauricio Ferreira acredita ainda que a situação é momentânea e que o Ministério da Saúde irá regularizar os estoques e em breve retomar os repasses dos insumos.

Mesmo anunciando a falta dos insumos, o município ainda recebeu repasses do produto do Governo Estadual. Por meio de nota, a Secretaria de Estado da Saúde de Minas Gerais (SES-MG) informou que, no dia 4 de fevereiro, dois mil litros de Malathion – que é a substância usada para Ultra Baixo Volume (UBV), mais conhecido como fumacê – foram disponibilizados para a Regional de Saúde de Uberaba. Deste montante, 1.120 foram destinados ao município de Uberaba. “Ou seja, praticamente tudo que recebemos foi repassado para a cidade”, completa Mauricio Ferreira. O governo estadual informa, ainda, que, no dia 3 de março, a SES-MG recebeu mais 200 litros, que foram repassados diretamente ao município.

De acordo com a SES-MG, o trabalho realizado com o UBV deve acontecer até que a incidência de casos prováveis de arboviroses diminua para média ou baixa. Ainda segundo a secretaria estadual, o trabalho de combate ao mosquito “é de amplo espectro e deve estar em dia”. Além disso, o serviço de fumacê é um complemento dos demais eixos de gestão do Aedes aegypti – que também abrange o controle vetorial, assistência, vigilância epidemiológica/laboratorial e mobilização social. 

Atualmente, Uberaba está com média incidência para a doença, com 786 casos notificados, conforme o último boletim epidemiológico. Porém, somente na última semana, as notificações cresceram 37%.

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