Este ano tem copa do mundo no Brasil e, para variar, têm eleições. Não sei se concordam comigo, mas eleições a cada dois anos só servem para deixar aquele sentimento de que as coisas somente são resolvidas em ano eleitoral.
No “caminhão” dos pretendentes a galgar a vitória nas urnas, para ocupar cargos no executivo e legislativo estadual e federal, desde já, aqui pelas bandas do Sertão da Farinha Podre, ou lá pelos Refúgios de Dona Beija, também nos cerrados do “Passa Perto” e outras paradas longínquas, podemos perceber que o inaceitável adversário que discursava palavras de ordem contra os seus princípios partidários ontem, é o par perfeito para ser o aliado de hoje, tendo como única explicação de que ele, o monstro de ontem, é o anjo que vai angariar os votos necessários para eleger a “dupla dinâmica”.
Ainda estamos no começo do ano, mas devemos desde já observar entre os pretensos candidatos listados nas pesquisas e enquetes divulgadas na imprensa local e nacional, quais são aqueles que, no lugar de construir um programa de governo que vai de encontro às reais necessidades de nossa cidade e região, redigem ou pedem para seus assessores de marketing que “desenhem” às pressas um documento cheio de imagens e palavras enganadoras, incluindo obras irrealizáveis, tipo “Transamazônica”, “Trem Bala”, “Ferrovia Norte Sul”, “Fim da Violência”, “Fim da Corrupção”, Acabar com os “Marajás”, etc., sem saber quais os recursos orçamentários para esses gastos, mas o “documento”, que não passa de “espécie de solução virtual da demanda social”, que muitas vezes chega até mesmo a ser registrado em cartório e é amplamente divulgado no espaço televisivo da propaganda eleitoral gratuita, durante todo o ano, como se fosse um projeto que seria indubitavelmente cumprido após a “vitória” nas urnas.
Seria cômico se não fosse trágico, se eleitos os farsantes da política, que infelizmente são maioria e que certamente vão ser, pela milésima vez candidatos, após eleitos, se cobrados por promessas não realizadas, a resposta com toda certeza sairá afirmando, como sempre, que eles continuam tentando e que logo será concretizado.
No final dos anos 80 cheguei a acreditar que o fim da ditadura iria levar o Brasil à formação de uma elite política séria, compromissada com a verdade e ética. Mas não... Vejam o Senado, com mandato de oito longos anos, sendo o caminho mais curto para buscar a eleição à Presidente.
2014 é ano de Copa do Mundo e de eleições. Estamos assistindo de camarote os mandos e desmandos dos senhores “do balaço e do cutelo”, por todo o território tupiniquim e precisamos nos posicionar de forma consciente, buscando novas opções, novos candidatos, sem o ranço e vícios politiqueiros, fazendo uma mudança radical na esfera estadual e federal, escolhendo somente candidatos de nossa cidade, deixando de lado a amizade e interesses pessoais, mostrando para os velhos coronéis da política e seus acólitos, que aqui em Uberaba, está começando um novo tempo.
Vamos lutar por dias melhores para Uberaba e região, colocando os velhos políticos “na geladeira”, bastando dizer o que pensamos, ainda que com isto tenhamos que criar inimigos sem declarar guerra, como disse Martin Luther Kig.
