Pressionado desde antes do clássico, o técnico Eduardo Barroca não resistiu à derrota por 1 a 0 para o Fluminense neste domingo (6), no estádio Nilton Santos (RJ), e foi demitido do comando no Botafogo.
O departamento de futebol era contra a demissão de Eduardo Barroca, mas o presidente alvinegro, Nelson Murrafej, bancou a decisão.
Enquanto não define o novo treinador, o Botafogo será dirigido pelo auxiliar-permanente alvinegro, Bruno Lazaroni.
Vice-presidente de futebol, Gustavo Noronha foi o porta-voz do comunicado e destacou a dificuldade em tomar a decisã
"Tivemos uma reunião com os atletas, que têm carinho e admiração grande pelo treinador. Não foi uma decisão fácil, foi muito complicada, porque o trabalho vinha sendo desenvolvido em bases sólidas. Foi necessária essa alteração, mas precisamos de uma reação imediata nesse momento".
Sobre a escolha do novo técnico, o dirigente foi taxativ
"Botafogo tem que viver com a sua realidade orçamentária, sem fazer loucuras".
Este foi o quinto jogo consecutivo sem vitória do Alvinegro, sendo quatro derrotas e um empate, fato que já deixa a equipe em alerta em relação à zona de rebaixamento do Campeonato Brasileiro.
O clube vive um período conturbado, onde atravessa uma crise financeira e também protestos perigosos da torcida, com invasões a treino e à sede por parte de organizadas alvinegras. A pressão, inclusive, também teve parcela "de culpa" no adeus do técnico.
Eduardo Barroca deixa o Botafogo com 27 partidas no comando, sendo 10 vitórias, 3 empates e 14 derrotas.
INÍCIO
O treinador foi contratado em abril, após a queda de Zé Ricardo. Ele chegou à equipe profissional chancelado pelo bom trabalho realizado na base do próprio Alvinegro, quando foi, inclusive, campeão do Brasileiro Sub-20. O retorno a General Severiano aconteceu após passagem pela base do Corinthians.
Apesar da estreia com derrota para o São Paulo, o começo de trabalho foi satisfatório e o Botafogo somou 15 pontos antes da paralisação para a Copa América, quando chegou até a se cogitar uma briga por vaga na Copa Libertadores de 2020. No retorno deste período, o time demonstrou oscilação e, até o momento, não conseguiu vencer no segundo turno do Brasileiro.
Com o elenco enxuto, Barroca ainda perdeu Erik, que vinha sendo um dos destaques do time e foi para o futebol japonês, e não pôde contar com Biro Biro, um dos reforços que chegaram no meio do ano, por conta de um problema cardíaco. Além disso, a diretoria acumulou frustrações no mercado em busca de novos nomes para o grupo.
BOTAFOGO
Gatito Fernández; Marcinho, Joel Carli, Gabirl e e Gilson; Cícero, Gustavo Bochecha (Leonardo Valência), João Paulo e Diego Souza; Luiz Fernando (Rodrigo Pimpão) e Vinícius Tanque (Victor Rangel). Técnic Eduardo Barroca
FLUMINENSE
Muriel; Gilberto (Igor Julião), Nino, Digão e Caio Henrique; Allan, Ganso (Wellington Nem) e Daniel (Guilherme); Nenê, João Pedro e Yony González. Técnic Marcão
FICHA TÉCNICA
BOTAFOGO 0 X 1 FLUMINENSE
Árbitr Rodolpho Toski Marques (PR)
Assistentes: Bruno Boschilia (PR) e Rafael Trombeta (PR)
VAR: Braulio da Silva Machado (SC)
Cartões amarelos: Gilson, Diego Souza, Victor Rangel e Joel Carli (Botafogo); Allan (Fluminense)
Gol: Yony González (FLU), aos 34 minutos do primeiro tempo.