ARTICULISTAS

Acórdão x acordão

Caro amigo leitor, continuo respirando

Leuces Teixeira
Publicado em 25/04/2013 às 19:54Atualizado em 19/12/2022 às 13:26
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Caro amigo leitor, continuo respirando pela graça e com a graça do Criador, pela alegria de muitos e tristeza de alguns poucos. Não tem sido nada fácil. Há tempos que venho pensando na possibilidade de escrever sobre o tema acima lançado. Fico pasmado com o que vem ocorrendo no judiciário brasileiro. Confesso que vou reportar-me sobre o que leio nos jornais e ouço no noticiário televisivo. Mais precisamente sobre o ministro Fux do STF, aliás, o primeiro escolhido pela gerentona Dilma Rousseff. Num primeiro momento, confessa que esteve com ex-poderoso ministro José Dirceu no sentido de referenciar sua ida para a Suprema Corte; todavia, nega que fez qualquer menção sobre a absolvição do mesmo. Deu no que deu, ou seja, versão num sentido ou noutro muito diferente. Não tenho a menor dúvida: tem um mentiroso nesta história. O ilustre ministro disse que é amigo do advogado Sérgio Bermudes, grande causídico no estado do Rio de Janeiro. Todavia, tenta afirmar que nunca julgou qualquer processo em que o ilustre amigo tenha assinado qualquer petição. Diz que sua filha trabalha no escritório do renomado advogado, mais ainda, não tem feito qualquer lobby para que a mesma seja nomeada como juíza no Tribunal Regional Eleitoral do estado fluminense. Devo acreditar ou não? Tenho receio que depois de nomeada o mesmo venha lembrar que conversou com alguma autoridade. O jornal Folha de S. Paulo refrescou a memória do ministro Fux no sentido de que atuou em processo onde Sérgio Bermudes atuou como advogado. Pelo sim, pelo não, a superfesta que iria ocorrer no apartamento do causídico, em homenagem ao aniversário do ministro, não ocorreu. Não sei quais as razões. Talvez, devido ao fato de que todos os juízes e desembargadores do estado fluminense foram convidados e ministros do STF, todos, repito, o que foi devidamente noticiado na imprensa. O fato é que superfesta iria ser realizada, vazou para a imprensa, pegou mal e o superamigo recuou. Toda a festança iria ser realizada no big apartamento do colega advogado – mais de oitocentos metros quadrados. Afinal, já dizia e diz o poeta: amigo é coisa para se guardar dentro do peito, dentro do coração. Concordo plenamente. Amigo é amigo, fdp é fdp!! Agora, nós, o povão, aqui do outro lado do mundo – dos simples mortais – o que pensar e dizer? E olha que só podemos pensar, sob pena de responder nas barras dos tribunais. E Tribunal pra quem não é poderoso e nem possuidor de grandes amigos, não brinca, não! Agora, não tenho a menor dúvida, se devo pronunciar acórdão ou acordão; o primeiro, a decisão proferida nos limites da estreita legalidade, lisura e imparcialidade; o segundo no sentido de uma grande negociata, com favores e trocas de compensações. Recomendo ao ilustre leitor no sentido de acreditar que as decisões são verdadeiros acórdãos; jamais acordão, é tudo intriga da oposição e da imprensa. Acredita?

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