ARTICULISTAS

Nos becos da política

Já escrevemos mais de 200 (duzentas) páginas de um livro a ser publicado em breve, cuidadosamente gravado em um “pen drive”

Marco Antônio de Figueiredo
Publicado em 08/04/2013 às 08:45Atualizado em 19/12/2022 às 13:47
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Já escrevemos mais de 200 (duzentas) páginas de um livro a ser publicado em breve, cuidadosamente gravado em um “pen drive”, sobre os últimos 40 anos da política uberabense, quer seja na forma louvável que raros políticos se comportam, assim como nas negociatas e comportamentos repugnantes daqueles que acham que os Poderes Legislativos e Executivos são “bordéis”, onde se negociam e se vendem as palavras, o corpo e a alma de um povo.

São levantamentos feitos em jornais, revistas, relatos daqueles que por anos estiveram ou estão no topo das articulações e nos comandos das principais funções políticas deste “Sertão da Farinha Podre”.

São ex-vereadores, ex-deputados, ex-prefeitos, ex-secretários, jornalistas, radialistas, articulistas, cabeleireiros, barbeiros, comerciantes, fazendeiros, dentistas, médicos, engenheiros, procuradores, assessores e um universo de eleitores, também conhecidos como “Povão”, que fizeram os principais relatos do submundo e corredores da política local, mesclada de caprichos, negociatas, votos de “cabresto”, vaidades, sacrifícios, idealismos, dedicação, garra, submissão e o famoso “toma lá – dá cá!”

Todos nós sabemos que toda e qualquer relação social normalmente envolve política e, que em uma terra denominada como a “Terra do Zebu”, assistimos de camarote ao famoso e desprezível curral eleitoral.

Sabemos que curral eleitoral é uma espécie de compra de votos institucionalizada entre as lideranças comunitárias, que recebem salário de um político para trabalhar o nome dele em sua respectiva comunidade. Essa liderança comanda as visitas do político às associações de bairros, organiza churrascos, distribui “benefícios”, material de construção, cimento, promessas de vida mais confortável e faz com que seus amigos e conhecidos da região votem sempre nele, formando o voto de curral, destruindo o voto de opinião.

Dedicamos um capítulo inteiro mostrando as negociatas e a podridão que ainda permanece na cabeça doentia de eleitos pelo povo, que escancaram suas psicopatias ao “toma lá-dá cá”, propagando esta peste na presença de jornalistas, assessores, militantes e outros pares de cargos eletivos, “gritando” que a exposição da negociata proposta era imperativa à aprovação de benefícios sociais, mas que tudo que estava sendo falado deveria permanecer em “off”, sob pena de mais retaliações e perseguições e o pior é que a maioria dos cidadãos são levados na utopia desses politiqueiros, sem perceber para onde os levam.

Ainda teremos que conviver com o que se enraizou pelo tempo, mesmo que tenha apodrecido, assistindo na TV, aqueles que tão bem se disfarçam de bons samaritanos, manifestando, falsamente, com indignação a favor da moralidade política, mas que buscam somente o “vil metal” através do Poder.

Pretendemos terminar nosso livro ainda este ano, sob o título de “Nos Becos da Política”, para pânico de uns, preocupação de alguns e felicidade de toda uma população que engole “sapos e lagartos” nas mãos destas hienas, sanguessugas e “gambás” que fedem com seus atos e propostas indecorosas.

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