Pacote de medidas gera insatisfação entre caminhoneiros e aquece possibilidade de greve

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Pacote de medidas anunciado pelo governo federal para caminhoneiros gera repercussão negativa entre os profissionais. As medidas foram anunciadas nesta terça-feira (16) e, segundo a classe, não é capaz de suprir as necessidades de todos. No WhatsApp já se fala em uma nova greve, prevista para 21 de maio, exatamente um ano depois do início da última greve.

Entre as principais reivindicações, os caminhoneiros afirmam que o cartão-caminhoneiro não funcionaria de modo abrangente, pois muitos não possuem crédito para usá-lo e estariam com o nome sujo. Logo, não resolveria o problema principal, que é o estabelecimento de fretes que reponham o custo dos trabalhadores.

O pacote também seria uma forma de dispersar atenção e, assim, evitar a suposta greve. Os caminhoneiros afirmam que não estão pedindo dinheiro para o governo, mas sim melhores condições de trabalho. A insatisfação também esbarra na linha de crédito para manutenção do caminhão com taxas menores, pois, segundo os caminhoneiros, ela já foi testada e não obteve alcance.

De acordo com Wallace Costa Landim, conhecido como Chorão e um dos líderes dos caminhoneiros, a medida agradava a categoria e até poderia evitar a greve, mas a classe espera uma manifestação de Bolsonaro para bater o martelo sobre a questão. "Inicialmente, claro que o pacote agrada (a categoria). Mas preferimos aguardar o que o presidente vai falar para comunicar oficialmente o posicionamento dos caminhoneiros", diz o líder.

Em 2018, segundo o Ministério da Fazenda, os primeiros dez dias de greve dos caminhoneiros custaram R$ 15 bilhões para a economia, o equivalente a 0,2% do Produto Interno Bruto (PIB, soma das riquezas produzidas no país).

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*Com informações do Estadão.