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Governo anunciará pacote de medidas em aceno aos caminhoneiros

Objetivo é evitar qualquer possibilidade de nova greve da categoria

Publicado em 16/04/2019 às 09:06Atualizado em 17/12/2022 às 20:00
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Em maio do ano passado, caminhoneiros pararam em todo o país; em Uberaba fizeram bloqueio na 050, próximo ao Zote

Enquanto o impasse do preço do diesel não tem solução, o governo deve anunciar nesta terça-feira (16) um pacote de medidas que representa um aceno aos caminhoneiros. O objetivo, claro e cristalino, é dispersar qualquer possibilidade de nova greve da categoria.

Entre as ações há o aumento da fiscalização do cumprimento da tabela do frete, construção de locais de repouso nas rodovias com pedágio, lançamento de uma linha de crédito do BNDES e a conclusão de obras de infraestrutura nas principais rodovias nacionais, como a BR-163, que liga o Pará ao Rio Grande do Sul, e a BR-142, da Bahia ao Mato Grosso.

As medidas ainda incluem incentivos a cooperativas de caminhoneiros, medidas para desburocratizar a obtenção de documentos e o Cartão Caminhoneiro, que já havia sido anunciado. O sistema deve entrar em funcionamento em 90 dias e permitiria que o motorista comprasse antecipadamente até 500 litros de diesel, sendo que o combustível poderá ser usado conforme a necessidade do motorista de forma a protegê-lo das oscilações do preço do petróleo no mercado internacional.

Por fim, o Planalto ainda avalia a garantia aos caminhoneiros a um controle maior do que Bolsonaro chama de “indústria da multa dos pardais”. Nesse sentido, o presidente anunciou o cancelamento de mais de 8 mil radares eletrônicos em estradas do país e a revisão dos contratos para conferir sobre sua necessidade.

Petrobras. Chegou a ser cogitada uma mudança na periodicidade do reajuste do diesel, que poderia passar a ser mensal. Contudo, ainda não há definição se a medida será levada adiante. A alternativa desagrada a equipe econômica, que defende um caminho de não intervenção nos preços da Petrobras, garantindo liberdade à estatal, que, inclusive, já havia definido em março pela modificação do intervalo mínimo entre revisões de preço para 15 dias. Nesta terça, Bolsonaro deve discutir com o presidente da Petrobras, Roberto Castello Branco, ministros e técnicos, uma solução para o preço do combustível. Vale lembrar que na semana passada a Petrobras suspendeu reajuste de 5,7% após telefonema de Bolsonaro e, somente na sexta-feira, a perda da estatal chegou a R$ 32 bilhões em valor de mercado na Bolsa após a interpretação de que se tratava de uma intervenção na política de preços da companhia.

*Com informações do jornal O Globo

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