O ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) prestou depoimento na Polícia Federal (PF) nesta manhã. Ele está preso desde abril do ano passado em Curitiba, condenado a doze anos e um mês por corrupção e lavagem de dinheiro no âmbito da Lava-Jato.
Como Lula está detido em uma sala especial na PF, não precisou de deslocamento para a oitiva, que começou por volta das 9h e terminou pouco antes das 11h. O petista ficou em silêncio, conforme informou a PF.
“Ninguém é obrigado a depor sobre um processo sigiloso, sobre documentos ocultos. E é isso que a defesa está buscando, a defesa está buscando exercer um direito, o direito de ter acesso a uma investigação antes que o ex-presidente venha prestar depoimentos”, afirmou o Cristiano Zanin Martins, advogado de Lula, ao sair da PF. O advogado explicou que a defesa não teve acesso aos autos do inquérito e, por isso, o ex-presidente se manteve em silêncio.
Inclusive, a oitiva já havia sido adiada antes pela falta de acesso ao inquérito por parte da defesa de Lula. Mas Zanin afirmou que a defesa ainda não teve acesso à integra das investigações. “O ex-presidente é o maior interessado em esclarecer a verdade dos fatos, mas a defesa não pode abrir mão de uma garantia constitucional que é a de conhecer a íntegra do processo antes que ele vá prestar um depoimento”, disse o advogado.