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Os políticos chatos e os traíras

Na semana que passou, acompanhamos, no dia a dia, fatos e atos de alguns cidadãos que...

Marco Antônio de Figueiredo
Publicado em 27/08/2012 às 10:48Atualizado em 19/12/2022 às 17:42
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Na semana que passou, acompanhamos, no dia a dia, fatos e atos de alguns cidadãos que se encaixariam nos conceitos dos verdadeiros “chatos”, assim como presenciamos companheiros de uma sigla partidária, relatando existência de “trairagem” escancarada.

Para melhor entender o que seria um verdadeiro chato, uma simples pesquisa irá nos mostrar que “chato” é nato. Já nasce chato e é irreversível, tendo inclusive obra literária escrita pelo grande dramaturgo brasileiro Guilherme de Almeida Figueiredo, há uns 40 anos, denominado Tratado Geral dos Chatos, pela Editora Civilização Brasileira.

Ser chato não implica em ser também traíra. Conforme vimos nos noticiários desta semana, tem gente que acha que é chato ser gostoso, mas tem gente que para aparecer mais que o candidato que está apoiando, acha muito gostoso ser chato; o chato te convoca para uma reunião urgente de 10 minutos, bem no horário que você tem para tomar café da manhã com a família e fica 2 horas falando de tudo, menos o que ele tinha proposto inicialmente como objetivo da mesma.

O político chato ou talvez o chato político, é aquele que ao ver um microfone faz questão de contar minuciosamente a trajetória de seu governo e como ele, ele somente e somente ele, superou todos os desafios, massacrando os funcionários, acabando com a saúde, multiplicando de forma geométrica a violência, sendo exemplo de falta de educação e trato com as pessoas e assessores, para depois, com os olhos marejados de lágrimas de crocodilo, implorar para que seu candidato siga o seu exemplo.

Se olharmos o que vem acontecendo na política local, acharemos vários chatos e talvez um “chato mor”, que é o cara que nasceu para aborrecer quem necessita de distância de qualquer tipo de aborrecimento.

Mas o chato ainda é aceitável dentro de um contexto em que as bandidagens, as traições, as “punhaladas” dos líderes em seus fiéis companheiros partidários, são vistas e criticadas por toda sociedade.

Para o subscritor deste artigo não é novidade o que está acontecendo com “companheiros” de determinadas siglas partidárias, pois já vivenciou fatos semelhantes, proporcionados por alguns destes protagonistas.

Hoje, com os quase 60 anos de vida, esperamos ter acertado, acreditando em quem demonstra ser honesto quando afirma que quer parceria e vai estar lado a lado, até o final do mandato, confiando ao “general” o comando de alguns subordinados e não em um “traíra-chato” e enganador como aqueles que já acompanhamos em outros “carnavais”, que fazem sempre falsas promessas e choros dramaturgos, além de serem uns “chatos de galocha”, querendo ser aquilo não são e que o povo não quer.

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