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Já não se fazem pais como antigamente!

De acordo com sua característica megalomaníaca

Ilcéa Borba Marquez
Publicado em 22/08/2012 às 20:58Atualizado em 19/12/2022 às 17:48
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De acordo com sua característica megalomaníaca, o brasileiro se dizia eleito por Deus, já que Ele era brasileiro. Esta expressão popular (Deus é brasileiro!) caiu em desuso há algum tempo, desde a eleição de Lula presidente, talvez porque o povo o elegeu também como pai. Uma tal mudança é prenhe de significados, vejamos: Antes um fio do bigode era documento suficiente para que se cumprisse algo que fora acordado anteriormente sem necessidade de cartório para registro do contrato, nem tão pouco tantos juízes e tantas varas, com toda essa corte de advogados que mais parecem “advogados do diabo” é claro com reconhecidas e valiosas exceções.

Antes as famílias permitiam a seus filhos que brincassem no passeio em frente de casa ou na rua mesmo, sem medo de assaltos, sequestros ou estupros! As portas das casas eram trancadas apenas à noite e as crianças tinham livre acesso ao interior ou exterior.

Antes não havia necessidade de muros altos, com cercas elétricas e grades nas portas e janelas; podia-se debruçar na janela para apreciar o movimento na rua ou mesmo bater um papo descontraído com os vizinhos e amigos. Eram outros que deveriam permanecer “atrás das grades”!

Antes o sentimento mais frequente era de liberdade.

Se antes ser filho de Deus, que ainda era reconhecidamente brasileiro, impunha determinada identidade mais de acordo com Sua imagem de ser superior;  com a troca do pai da nação, tornou-se obrigatória a mudança de modelo identificatóri agora, o ideal é ser parecido com o Lula. Como identificar este modelo?

Agora, os próprios pais ensinam e apoiam seus filhos e filhas a procurarem sempre a vantagem de toda situação, mesmo que para isso tenham que mentir, omitir, enganar, não cumprir acordos, roubar pequenas quantias em nome do direito e apoiados por uma Justiça de privilégios!

Agora, estamos todos aprisionados pelos muros e grades de verdadeiras prisões em que se transformaram os lares.

Agora, o sentimento mais frequente é o medo e a sensação angustiante de perseguição.

Agora, o roubo é endêmico, começando nas altas esferas do poder político e alcançando os outrora descamisados ou desprotegidos que, com o apoio governamental, invadem, apossam e destroem, sem nenhuma punição.

Quantas saudades do meu pai, avô e de tantos outros pais significativos na minha vida!

(*) Psicóloga e psicanalista

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