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Julgamentos políticos da semana

Lendo esta semana sobre o filme Cisne Negro - dirigido pelo americano Darren Aronofsky, tudo me fez lembrar...

Marco Antônio de Figueiredo
Publicado em 30/07/2012 às 09:09Atualizado em 19/12/2022 às 18:15
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Lendo esta semana sobre o filme “Cisne Negro” - dirigido pelo americano Darren Aronofsky, tudo me fez lembrar a situação atual da política uberabense. Tudo, desde as artimanhas aplicadas no combate ao bem-estar social, até a estratégia usada para desviar a atenção popular do julgamento do século, o chamado “Esquema Mensalão”.

Se observarmos com mais cuidado, vamos notar que os protagonistas da bagunça generalizada que se encontra a eleição2012, são vítimas que não cessam de imolar-se continuamente, provavelmente até o fim da existência de alguma chance de sobrevivência do PMDB local.

Conversando com um dos autores desta parafernália toda, cheguei à conclusão de que o mundo que o cerca é frio, austero e claustrofóbico. Suas palavras, apesar do tempo e experiência estampados nos cabelos brancos e rugas encravadas na face, este personagem está na “torcida” de encontrar uma saída grandiosa, pois o cúmulo de sua força física já esvaiu restando agora abdicar-se à sua própria existência ou ir de encontro à autodestruição.

A dimensão de todo este barulho e guerra de vaidades se deu porque alguns pensaram que a tinta da caneta do poder está acabando ou que o poder político do prefeito está agonizando, enquanto o outro grupo, capitaneado pelo chefe do executivo, mostra força, ligação com o poder do Palácio do Planalto, pedindo e conseguindo verbas que levarão cada vez mais a cidade a um endividamento sem precedentes.

No centro das notícias que circulam pelos jornais locais, está o nosso prefeito Anderson Adauto Pereira, desviando a atenção das manchetes nacionais que se focam no esquema do Mensalão, considerado o maior escândalo de corrupção do governo Lula, referente a um esquema ilegal de financiamento político, organizado para comprar apoio no Congresso.

No julgamento que se inicia esta semana, Anderson é réu confesso pela prática de Caixa Dois e recebimento de dinheiro transportado pelo seu fiel amigo e escudeiro, José Luiz Alves. Sua confissão surpreendeu quem o conhece intimamente, depondo, na época, como homem-bomba, explodindo-se por inteiro e alvejando companheiros e aliados de suas campanhas eleitorais, tudo transmitido ao vivo pela televisão, numa demonstração de coragem sem limites e certeza de impunidade perante a Justiça, devido à interferência palaciana, já iniciada pelo ex-presidente Lula.

Assim, um grande ponto de interrogação paira sobre esta terra de Major Eustáquio a respeito, tanto dos julgamentos quanto ao destino do candidato Paulo Piau, do PMDB local, devido à perseguição desenfreada deste homem-bomba, quanto ao fato do julgamento do Mensalão, pois este último diz respeito aos impactos políticos que serão provocados, seja com condenação ou absolvição de Anderson Adauto.

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