Caro amigo leitor, o título escolhido é esse mesm hum minuto e quarenta e trê$ segundo$ é diferente de ética, coerência e moralidade. Estou me referindo à escolha que o ex-presidente LULA – lutaremos unidos, lameados e aloprados – fez com relação ao quadro sucessório na eleição que vai ocorrer em outubro na cidade de São Paulo, no tocante ao tempo a ser destinado no horário eleitoral – televisão e rádio. Ainda num primeiro momento, quero esclarecer que em todas as eleições presidenciais que o ex-presidente disputou – Fernando Collor em 1989, Fernando Henrique em 1994 e 1998, e em 2002 e 2006, quando foi eleito e reeleito, votei no lula em todas, repit em todas as eleições para presidente que Lula disputou, votei nele! Não voto nunca mais, jamais. Se fizer o contrário pode requerer minha interdição na forma da Lei, inclusive, para todos os atos da vida civil.
Quando de sua eleição em 27 de outubro de 2002, Lula foi eleito presidente do Brasil, derrotando o candidato apoiado pela situação, o ex-ministro da Saúde e então senador pelo Estado de São Paulo, José Serra, do PSDB. No seu discurso de diplomação, Lula afirmou: “E eu, que durante tantas vezes fui acusado de não ter um diploma superior, ganho o meu primeiro diploma, o diploma de Presidente da República do meu país.” Caro leitor, confesso, com toda sinceridade, quando ouvi essa declaração do ex-presidente Lula, naquela oportunidade, chorei, e como chorei. Me senti um brasileiro de verdade, me senti grande e honrado – agora sim, temos um verdadeiro presidente, um homem digno e honrado, eleito democraticamente pelo povo. Estava sendo enganado, fui enganado, iludido por um cidadão em que realmente eu acreditava, travei discussões terríveis com muita gente, inclusive no seio da família! Fiz campanha, fui pra rua, planfetei, pintei meu carro com propaganda petista, fui um tolo. Quanto arrependimento!
Hoje, sua excelência ou excrescência, na busca pelo poder e fazer sua vontade, simplesmente a sua vontade, atropela tudo e todos, a ponto de ir tomar bênção de Paulo Maluf, no seu luxuoso jardim de sua residência, selar essa aliança com seu arquirrival, trocar afagos na busca de hum minuto e quarenta e três segundos. Aliou-se, também, a Fernando Collor, Roseana e Sarney, Moreira Franco etc e etc. Nunca antes da história deste país – lembra-se de quem falava assim? O “ex”, uma fotografia causou tanta repugnância. Uma imagem que vale por mil palavras, que aniquila um passado e destruindo companheiros históricos – Marta Suplicy, Erundina, Dalmo de Abreu Dallari, Plínio de Arruda Sampaio etc e etc. Tudo por amor a São Paulo, tudo pelo novo, seus companheiros são velhos, já era. Chego a pensar que o tratamento médico enfrentado pelo ex deve ter atacado suas faculdades mentais. No futuro vai dizer que não se lembra de nada, que não era ele, foi uma montagem de imagens, coisa da oposição! Aí ele vai culpar o câncer. A culpa foi do câncer, do tratamento e dos médicos. Senhor ex-presidente, de mãos dadas, afagando e abraçando Maluf, talvez seu maior adversário político, direitista, de práticas antitrabalhistas. Quando governador biônico de São Paulo, um presente da ditadura, não hesitava em acionar a polícia para prender e debelar manifestantes, reprimir as greves no ABC paulista.
Essa foto foi a gota d’água – hum minuto e quarenta e trê$ segundo$, quem viver verá! O que é isto “companheiro”? Vade-retro! A imagem fala por si! Não tem militância que aguenta, ou seja, o caso é de meliantes!
Sou otimista, otimismo sempre, viva Uberaba, viva Minas Gerais, viva o Brasil e viva o povo Brasileiro.
(*) Advogado criminalista e professor universitário
