POLÍTICA

Mariscal passa noite no Residencial Rio de Janeiro para fiscalizar suposta fraude e é denunciado por difamação

Servidora da PMU alega que está sendo vítima de perseguição

Publicado em 04/10/2019 às 13:04Atualizado em 18/12/2022 às 00:49
Compartilhar

Uma servidora da Prefeitura de Uberaba, de 36 anos, denunciou o vereador Thiago Mariscal por crime de difamação na quinta-feira (3).

O parlamentar fez publicação nas redes sociais em frente à casa da mulher, localizada na rua Maria Carmem Correa Prata, Residencial Rio de Janeiro, dando conta que ela não mora no local. O Residencial Rio de Janeiro é um dos contemplados em Uberaba pelo programa Minha Casa, Minha Vida.

Na postagem de Mariscal, ele assume que fiscalizou a residência entre às 22h30 às 03h30 apurando denúncia recebida.

Segundo informações do boletim de ocorrência, a servidora alegou que saiu de casa às 21h e voltou às 7h para resolver assuntos pessoais. No registro, ela levanta a suspeita de perseguição pelo fato de ser funcionária do município.

A denunciante conta também que o imóvel de sua propriedade foi invadido este ano e que no dia da invasão de domicílio, o parlamentar estava com mais duas pessoas na porta da casa fazendo vídeos e fotos.

Por sua vez, o vereador Thiago Mariscal diz que está dentro do seu direito de fiscalizar e que não tem nenhuma intenção de perseguir ninguém.

“O que é de extrema estranheza é que ela, como uma funcionária pública, não é fiscalizada de jeito nenhum por ninguém. Se acontece com outra família, a Caixa notifica, a Cohagra notifica aí entra a Polícia Federal e faz todos os trâmites”, disse o parlamentar.

Importante ressaltar que os moradores do Residencial Rio de Janeiro são beneficiários do programa Minha Casa, Minha Vida do Governo Federal e que são destinadas às pessoas de baixa renda por meio da Companhia Habitacional do Vale do Rio Grande (Cohagra).

O presidente da companhia, Marcos Jammal, afirma que já recebeu duas denúncias relacionadas a esta residência, em março e agosto, e que as medidas cabíveis estão sendo tomadas.

“Nesse procedimento, ela foi notificada para comparecer até a Cohagra, prestar esclarecimentos, fazer as provas de moradia. Ela levou documentações, notas de materiais de construção, comprovantes de gastos de internet e despesas diárias. Com base nisso, nós enviamos o ofício para o banco para verificar e acionar a Polícia Federal caso fique alguma dúvida”, explica.

189 imóveis suspeitos de irregularidades estão sendo investigados

Além desse caso do Residencial Rio de Janeiro, outros 180 estão sendo investigados pela Polícia Federal.

O programa de fiscalização da Cohagra começou em 2015 e já retomou centenas de imóveis. Segundo o presidente Marcos Jammal, nos últimos dois anos 450 casas foram retomadas.

“Nós temos que deixar claro que a aprovação do beneficiário não depende da Cohagra, é o banco, o agente financeiro quem faz. Nós fazemos muitas reprovações em balcão, mas a gente sempre pede que a população denuncie antes que a pessoa pegue porque antes de entregar a casa fica mais fácil”, orienta Jammal.

Ação de fiscalização no bairro Alvorada na quinta-feira identificou 32 unidades suspeitas.

Assuntos Relacionados
Compartilhar
Logotipo JM Magazine
Logotipo JM Online
Logotipo JM Online
Logotipo JM Rádio
Logotipo Editoria & Gráfica Vitória
JM Online© Copyright 2024Todos os direitos reservados.
Distribuído por
Publicado no
Desenvolvido por