Proprietário de telefone fixo da CTBC é contemplado, todos os anos
Proprietário de telefone fixo da CTBC é contemplado, todos os anos, com duas práticas listas telefônicas, que facilitam sua vida pelas informações sobre a cidade, profissionais, serviços e empresas. Uma das listas apresenta os assinantes em ordem alfabética e outra, o Guia Sei, por ruas. Cotejando edições desse guia, vemos o crescimento da cidade, com novas ruas, bairros, empresas, prestadoras de serviço e casas comerciais.
Há fatos curiosos na última edição do guia. No mapa 20, a partir do quadrante 3A, mas não em outros pontos do guia, lemos Avenida Leopoldina (de) Oliveira, semelhante ao que lemos numa placa duma agência do extinto BEMGE: “Agência Leopoldina de Oliveira”. A troca de s por c em Univercidade (em vez de Universidade) de Uberaba (mapa 17, 6C) pode ter sido influenciada por Univerdecidade (mapa 3). E a rua Bernardo Guimarães e algumas outras, no mapa, possui trechos em dois bairros diferentes, mas o guia por endereços só cita um deles.
No guia, nome de logradouro que homenageia cidadão que foi doutor tem esse título antecedendo o nome da pessoa. Se vamos direto ao nome, o guia nos alerta para consultarmos o doutor... (Vale o trocadilho.) E alguns logradouros receberam um carinhoso dona antes do nome da homenageada. O cuidado no trato desses nomes sinaliza o respeito dos organizadores do guia ao leitor e a quem emprestou o nome ao logradouro.
Uma curiosidade a respeito da cidade descobrimos ao consultar o Guia Sei: a Lei 6.454, de 1977, proíbe atribuir nome de pessoa viva a bem público. Uberaba obedece à lei? Há anos notamos o registro da rua Além Mar Paranhos, no Chica Ferreira (mapa 40, A2). O amigo odontólogo, que nos atendeu ao telefone com costumeira gentileza, explicou-nos que é ele mesmo que o nome homônimo da rua homenageia. Muito justo, pois se trata de cidadão íntegro e merecedor do tributo que a comunidade lhe presta, obrigando-o a continuar nessa conduta ilibada. Com a lei, essa homenagem em vida já é hoje impossível.
Há estudantes que ainda não sabem apontar, no mapa da cidade, o local onde moram, não escrevem seu endereço corretamente, não sabem o CEP de sua rua, nem nomes de ruas e bairros, e ainda acham, por causa da brincadeira “cidade, estado, país”, que é esse o significado de CEP. Por isso os catálogos telefônicos e guias, gratuitos, são, assim como dicionários, enciclopédias e sites, fontes de estudo e pesquisa a serem exploradas pela família e escola. Fica nossa sugestão.
(*) Membro da Academia de Letras do Triângulo Mineiro