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Devemos ser justos ou técnicos?

Foram perdidas noites de sono e horas e horas de aflição com um pensamento único atormentando vários dias...

Marco Antônio de Figueiredo
Publicado em 14/05/2012 às 09:14Atualizado em 19/12/2022 às 19:43
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Foram perdidas noites de sono e horas e horas de aflição com um pensamento único atormentando vários dias, tentando entender e decifrar o dilema que a cada segundo aumenta um conflito interno resultando em diminuição de imunidade, alterando a quantidade de leucócitos e plaquetas, fundamentais ao tratamento de leucemia.

Uma frase... Isso mesmo... Uma só frase dita por alguém que sempre mereceu uma inigualável admiração e respeito, pelo carisma, capacidade, ponderação, firmeza em suas colocações e, acima de tudo, por ser um homem temente a Deus, mexe até mesmo com quem tem conhecimento adquirido nos 37 anos de exercício profissional, direcionados ao Direito.

Em meio a uma conversa foi dito por um “Irmão” – (com i maiúsculo, pois o sangue que os une, é Sagrado e imortal), – que uma decisão dentre tantas, tinha sido eminentemente técnica, dando guarida a fatos injustos, contrários às provas existentes, acobertando atos de falsidade ideológica, declarações mentirosas, desconsiderando laudos técnicos, atestados comprobatórios, etc. No entanto, a decisão, podemos assim afirmar, foi tecnicamente perfeita, mesmo sendo desastrosa e anticristã, manchando uma vida e carreira ilibada de alguém que não deveria sofrer punição por ser de fato inocente.

O quadro apresentado ativa um vulcão que entra em erupção, criando situações e questionamentos que não deixam em paz aquele que conhece a Palavra e procura fazer Dela seu ordenamento de fé e vida. Caso contrário, os pensamentos ficam como a música, “Águas de Março”, quando diz: É madeira de vento, tombo na ribanceira; é o mistério profundo, é o queira ou não queira; é o vão, é o fundo do poço, é o fim do caminho; ou seja, é uma verdadeira confusão que causa uma dor insuportável no coração.

Talvez, por decisões assim, muitos leigos têm dificuldades em entender o sistema jurídico brasileiro, mas os que convivem no ambiente forense sabem que a célebre sentença latina “summum jus, summa injuria” conclui que o excessivo rigor na aplicação da lei equivale à injustiça. A interpretação da lei, como diz Sálvio de Figueiredo “em outras palavras, não deve ser formal, mas sim, antes de tudo, real, humana e socialmente útil”.

Diante de tantos dilemas, o mais correto é colocar diante de Deus todas as questões para sabermos sobre o certo e o errado, pois Seus ensinamentos e Sua Lei devem prevalecer, para o bem da ordem, da lei e da justiça dos homens.

Senhor... Tenha piedade de todos nós, pois ainda existe dúvida entre ser Justo ou indiscutivelmente Técnico!

 

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