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Trabalhadores do Brasil

Neste Primeiro de Maio, mundialmente consagrado ao trabalhador

Mário Salvador
Publicado em 01/05/2012 às 19:42Atualizado em 17/12/2022 às 08:57
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Neste Primeiro de Maio, mundialmente consagrado ao trabalhador, é oportuno nos lembrarmos da figura do Presidente da República Getúlio Dornelles Vargas, que muito fez pelo trabalhador brasileiro.

Ouvimos alguns de seus discursos proferidos no campo do Vasco da Gama, Estádio São Januário, sempre no 1° de Maio. Infalivelmente Vargas os iniciava com a saudaçã “Trabalhadores do Brasil!”   

Muitas das conquistas do trabalhador brasileiro se devem ao seu esforço. Em 1° de Maio de 1943, pelo Decreto-Lei número 5.452, Getúlio promulgou a CLT, Consolidação das Leis do Trabalho, unificando toda a legislação trabalhista. Graças a ele, o trabalhador brasileiro passou a ter garantia no emprego depois de dez anos de serviço, descanso semanal remunerado, houve a regulamentação do trabalho de menores e da mulher e regulamentação do trabalho noturno.

Vargas criou a previdência social e instituiu a Carteira Profissional para maiores se 16 anos que exercessem um emprego. Também fixou a jornada de trabalho em 8 horas, uma antiga reivindicação dos trabalhadores. E criou a Lei de Sindicalização, pela qual os estatutos dos Sindicatos deveriam ser aprovados pelo Ministério do Trabalho.

No campo econômico, Vargas criou a Companhia Siderúrgica Nacional, que iniciou a construção da Usina de Volta Redonda. E, com a colaboração de técnicos americanos, levantou a Companhia Vale do Rio Doce e a Hidrelétrica Paulo Afonso. E criou o Conselho Nacional do Petróleo, que originou a Petrobrás. Getúlio era, como se pode ver, nacionalista.

Líder de uma revolução, apossou-se do poder. Foi ditador, combateu o Partido Comunista. E seus adversários conseguiram derrubá-lo em 29 de outubro de 1945. Dutra foi seu sucessor. Entretanto, em 1950, Vargas, lançando sua candidatura à Presidência, foi eleito. Tomou posse em 31 de janeiro de 1951.

Não sem motivo, na eleição de 1950, fez sucesso a marchinha: “Bota o retrato do velho, outra vez; bota no mesmo lugar.” Mas os adversários trabalhavam duro para derrubar Getúlio. Depois de escrever uma carta de despedida explicando as razões do gesto que iria fazer, em 24 de agosto de 1954, Getúlio tirou a própria vida.

Assim escreveu: “Serenamente dou o primeiro passo no caminho da eternidade e saio da vida para entrar na história.” E, com seus erros e acertos, de fato, está na história do povo brasileiro.

(*) Membro da Academia de Letras do Triângulo Mineiro

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