ARTICULISTAS

Doces ou travessuras

Marco Antônio de Figueiredo
Publicado em 31/10/2011 às 23:13Atualizado em 19/12/2022 às 21:37
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Hoje, dia 31 de outubro, é o dia em que se comemora o “Halloween” na América do Norte e dia do “Saci” aqui pelos lados tupiniquins.

A forma de se comemorar é cumprimentando as pessoas perguntand “doces ou travessuras”? Se a resposta for doce, manda-se a boa educação dar um doce à pessoa que pergunta, mas quando se fala em travessuras, se prepare para receber as brincadeiras travessas.

Deus, esta semana, também fez o jogo do “doce ou travessuras”, com minha mãe e seus filhos, permitindo que os Anjos e Arcanjos fizessem travessuras em nossas vidas, testando nossa fé, nossa força espiritual e nosso amor. Foram travessuras nada doces e com um gosto amargo como fel, mas servindo de lição, onde aprendemos que tudo tem sua hora e sua vez e que devemos saber esperar para viver cada momento como se fosse o primeiro e o último ao mesmo tempo.

O jeito é “levantar, bater a poeira e dar a volta por cima” e começar a enfrentar novamente os caldeirões enfeitiçados dos “bruxos e bruxas” que passam diariamente por nossas vidas.

Aliás, bem disse nossa colega “Candinha” na Coluna Alternativa esta semana, ao afirmar que não acredita em bruxos e bruxas, mas que eles existem, ah! Isto ninguém pode negar.

Quanto às mulheres, nem vou comentar, mas, quanto aos homens existem muitos “Magos”, “Smurfs”, “Gnomos” e “Duendes” disfarçados nesta terra de Major Eustáquio, talvez importados da fronteira do Paraguai, pois tem aquela “carinha” de anjo, sorriso mais falso que “nota de oito reais”, cara de sério e “pêlos do corpo pintados”, pois a covardia é tão grande que não conseguem assumir os próprios cabelos grisalhos falsificando até aquilo que a mãe natureza lhes presenteou.

Aproveitando o tempo para reflexão, li esta semana, uma crônica de Zaghini Jorge sobre “Halloween”, em que criticava as comemorações do dia de hoje aqui no Brasil, por ser uma cópia mal feita do “Halloween” americano, afirmando que “um país tão criativo como o Brasil, tem o dever de recuperar sua imagem com sua cultura”, mostrando ao mundo inteiro que também somos um país verdadeiro, apresentando nossa criação, nosso Saci-pererê, nossa Cuca e nossa opinião.

Está certo que lá fora conhecem o Brasil como o País do futebol, da miséria e da corrupção, mas também temos cultura. Ninguém pode negar que somos um grande povo, apesar dos “fantasmas”, “boitatás” e “curupiras” nas repartições públicas; as “mulas-sem-cabeça” e “lobisomens” comandando e administrando prefeituras de norte a sul do Brasil; dos Sacis e “botos-cor-de-rosa” que arrombam os cofres dos Ministérios, Secretarias Estaduais e Municipais, colocando o produto do furto em nome de laranjas ou nas cuecas, gorros, malas, maletas, meias, usinas e contas no estrangeiro.

Afinal, hoje é Halloween e vamos encontrar por aí as pessoas usando máscaras, umas de fantasia, outras que conseguiram com o passar dos anos. Uns vestidos de fantasmas, bruxas, Saci, Conde Drácula, Frankenstein, ou mesmo sem fantasia, mas continuando a viver de maneira horripilante.

 Assim, abra bem os olhos para não ter mais uma desagradável surpresa, pois as bruxas e as “buchas” estão soltas e podem lhe tomar o doce da vida com suas travessuras.

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