ARTICULISTAS

Até quando meu Deus?!

Marco Antônio de Figueiredo
Publicado em 24/10/2011 às 20:57Atualizado em 19/12/2022 às 21:43
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Hoje pretendo escrever sobre a nossa cidade de forma direta, sem eufemismo ou descrições ilusórias. Gostaria de deixar bem claro que este texto não tem conotação político-partidária, mesmo que possa parecer para aqueles que sempre enxergam fantasmas nas sombras dos coqueiros, pois nossa intenção é desabafar e, pelo fato de ser “filho desta terra de Major Eustáquio, gostaria de ver Uberaba aclamada, idolatrada e “salve-salve”.

Não dá para apontar um responsável pelos desmandos e destruição daquilo que Uberaba sempre primou em ter, que é a paz, a segurança e a harmonia, pois somos todos culpados por permanecermos inertes diante dos fatos, das imposições tirânicas, dos desmandos sociais e, quando calamos, estamos consentindo, para que façam o que bem pretenderem.

Por aqui, na terra do sonhado gasoduto, um grupo político nada faz porque não está mais no poder. Outro porque está ocupando um cargo na Prefeitura. Outros estão vivendo das benesses que suas empresas recebem e, se nos adentramos ao fator político, segundo os analistas políticos de finais de semana, vamos pedir ajuda aos “Céus” diante de fatos mais graves.

A oposição é simplesmente figurativa, pois se cala diante de tantas adversidades, enquanto a Justiça permanece com os olhos vendados e o Ministério Público demonstra cansaço diante dos julgados e interpretações equivocadas, quando não, diante da inexistência de condenações. A juventude uberabense como um todo, demonstra estar em ruínas.

Mesmo com toda massa estudantil sabendo que política é uma coisa essencial à nossa vida e que estamos a todo o momento trabalhando com ela, não se tem nem mesmo uma vaga lembrança de quando aconteceu o último evento direcionado à integração dos jovens da cidade em busca de mais segurança; em busca de cumprimento das leis municipais e outras mais; no combate à corrupção; conclamando toda a população estudantil a pintarem os rostos e exigirem respeito ao cidadão e às normas sociais.

Esta é a hora de se tomar uma posição. Não dá mais para esperar que esta sociedade entenda que a violência, descaso com a saúde, desordem no trânsito, indústria das multas, dupla cobrança de IPTU no mesmo ano e tantos desmandos e imposições que se abate hoje sobre Uberaba, deve-se principalmente da omissão do Poder Legislativo que insiste em ser subserviente ao Prefeito, assim como a falta de políticas públicas para a criança e juventude de modo geral em um processo que teve início há pouco mais de sete anos.

Quanto tempo, meu Deus, vai-se passar ainda, até que possamos voltar a passear pelas ruas e avenidas de Uberaba, sem que se aproxime, uma menina ou um menino com sua latinha de cola, mãos estendidas, a exigir esmolas, com um olhar sem brilho? Quando será meu Deus que poderei passear com meus filhos em uma praça, no fim do dia, sem que apareça novamente um ladrão para bater na face das crianças e ameaçá-las de morte, caso eu não entregue o relógio, o celular e os trocados que estão nos bolsos da bermuda?

O que posso fazer por ti minha querida Uberaba, quando acima de mim, muito acima de mim pairam forças satânicas que tendo nas mãos o poder de fazer por ti, não o fazem? Infelizmente, muito acima destas forças, estão os deputados por nós eleitos, mas preferem olhar para seus próprios umbigos, visando somente a próxima reeleição e vantagens do poder, assistindo do camarote palaciano nossa destruição!

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