ARTICULISTAS

Hora da faxina

A semana que passou foi movimentada, um corre-corre para todos os lados, mesmo com o feriado bem no meio para atrapalhar nosso dia-a-dia.

Marco Antônio de Figueiredo
Publicado em 17/10/2011 às 09:09Atualizado em 19/12/2022 às 21:50
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A semana que passou foi movimentada, um corre-corre para todos os   lados, mesmo com o feriado bem no meio para atrapalhar nosso dia-a-dia.

Esta semana promete ser produtiva, pois vem logo depois da greve dos professores da rede de ensino estadual e a greve dos correios chegando ao fim; fechamento de acordo entre Codau e funcionários e fim da anarquia gerada pela greve dos bancários.

Nada contra, muito pelo contrário quanto às reivindicações, pois como disse o professor Ernani Freitas, servindo sua opinião para as demais classes, ao afirmar que “para estar na educação é preciso amar a profissão, ser professor, ser educador e acima de tudo ter um dom, um desejo de contribuir para a sociedade em todos os seus segmentos”.

Ninguem pode negar que esta é a hora de lutarmos e movimentarmos contra esta corja dominante que sobrevive da corrupção e de falsas promessas. Não dá para entender o porquê de tanta gente e associações classistas terem tempo para futilidades, festas e reuniões semanais, discutindo o “sexo dos anjos”, querendo demonstrar força política e social, mas permanece inerte, quando não se faz de ignorante a este momento atual que estamos vivenciando, onde alguns “gatos pingados” de verdadeiros brasileiros estão se organizando e dedicando alguns minutos ou horas de seus dias, para essas crescentes mobilizações anticorrupção e capitalismo ditatorial.

De que adianta distribuir cestas com alimentos, sopas e roupas usadas naqueles “encontros sociais” em que as madames chegam com seus carros importados, os coordenadores chegam com os fotógrafos e a imprensa para tudo registrar, para depois poderem comemorar na próxima reunião semanal os benefícios levados aos mais necessitados?

Será que o coração desses malfeitores sociais, os quais incentivam a ociosidade e a malandragem, continuará neste ritmo de indiferença e não pulsará mais forte em busca da derrotada desta maioria que representa os politiqueiros e falsos políticos que acamparam no poder Executivo e Legislativo de todo rincão brasileiro?

Será que as demais associações representativas da classe trabalhadora, empresarial, de bairros, não vão acompanhar os sindicatos dos professores, do Codau, dos bancários e dos movimentos estudantis que estão conclamando via internet, para fazermos uma faxina e combatermos  esta matilha de escroques que pilham os recursos públicos arrecadados em forma de impostos astronômicos, taxas e da indústria esfoliante das multas?

Nesta semana que se passou, o artigo escrito pelo amigo articulista João Gilberto Rodrigues da Cunha demonstra bem o que está acontecendo em todos os setores da sociedade, ou seja, a inércia e aceitação da pornografia moral e social, que na maioria das vezes entra na casa de todos nós, através das projeções das imagens novelísticas da “Vênus Platinada” e suas concorrentes diretas e indiretas, que disputam quem consegue imprimir maior degradação psicológica, familiar, educacional, política e social, começando pela novela das cinco horas da tarde até o dia acabar.

Certa vez, li uma crônica que resumia nossos dias ao afirmar que vivemos numa época de interesses recíprocos, atravessamos um período de pragmatismos mútuos, nos quais as regras da competitividade mortal e de uma base econômica idólatra e implacável nos mecanismos de exclusão, impõe valores gananciosos.

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