Como fica a consciência...

Na década de setenta residi na R. Hildebrando Pontes nº 14 por cinco anos, a poucos metros da esquina com a Av. Alexandre Barbosa. A propósito, aquelas vias homenageiam dois engenheiros formados na mesma turma e que deixaram suas marcas indeléveis na história de Uberaba. Sempre passei depois pelo local, mas a saudade nunca passa...

Mudando de assunt “Se a funcionalidade, a economia, a segurança e a estética não estiverem harmonizadas; com certeza estará ausente a engenharia”. Esta frase aplicável para o que hoje escrevo, ouvi do meu saudoso mestre Eng. Álvaro Vasques, que mais tarde me fora dita com outras palavras pelos não menos competentes Antônio Henrique e Vicente Marino Júnior.

Não tenho dúvidas de que no cruzamento da Hildebrando Pontes com a Alexandre Barbosa, algo está faltando ou passando. Já que a Engenharia, como ciência exata não passa e nem falta, o que estará contribuindo para a ocorrência de tantos acidentes naquele local? Estará a população “passando dos limites” quando pede para voltar a pacífica preferencial aos veículos que trafegam pela Av. Alexandre Barbosa? Ou nossas autoridades de trânsito faltam com a audição para ouvir o clamor popular? O certo é que, eu nunca soube de tantos acidentes em tão pouco tempo naquela oblíqua cruz de ruas. Estamos todos errados?

Faço pesquisas intermitentes no Código de Trânsito Brasileiro e já conclui que, se ele for obedecido rigidamente como está, ficará difícil a nossa segura locomoção. Daí porque especialistas querem a sua mudança. A eleição da preferencial no cruzamento aqui questionado não seria a exceção que pede a regra? A “mão inglesa” da R. Carlos Rodrigues da Cunha foi a única solução ali encontrada e permanece há quase três décadas. Serve-nos esse exemplo?

Imagino como fica a consciência dos que impõem com mão de ferro suas convicções, ao saber, por exemplo, que o veículo Hyundai Tucson de placas NKJ-9562, no dia 23/07/2011, atingiu a motocicleta Honda – NGP – 2185 e seu condutor. O jovem W.S.V ficou inconsciente e sofreu politraumatismo. E quem se comoverá com esse e outros acidentes que poderão ocorrer?

(*) presidente do Fórum Permanente dos Articulistas de Uberaba e Região; membro da Academia de Letras do Triângulo Mineiro

[email protected]