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Ah! Uberaba...

Marco Antônio de Figueiredo
Publicado em 27/06/2011 às 23:56Atualizado em 19/12/2022 às 23:39
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Posso me considerar um ganhador do maior prêmio que um cidadão pode ganhar em uma só semana. Gosto sempre de me encontrar com os amigos aos sábados, mas com o feriado prolongado tive a honra de encontrar e conversar com vários deles, mantendo cada um o seu estilo, mas com uma bagagem cultural especial, não encontrada em nenhum livro.

Conversei com o inigualável maestro Januário, quando trocamos ideias e analisamos a questão social e a evolução da escalada da violência em nossa Uberaba. Ele recordou os bons tempos em que estava na ativa como militar e eu atentamente escutava enchendo-o de perguntas, buscando sugar conhecimentos e ponderações sábias daquele mestre experiente como professor, pai, avô, militar e cidadão de moral ilibada.

Outro encontro foi com o amigo Tião Silva, onde tomamos um rápido cafezinho por relampejantes três horas, no shopping Uberaba. Além da visão futurista de que o secretário Carlos Assis está sendo preparado para ser o candidato indicado pelo prefeito Anderson Adauto, ali aprendi um pouco mais da história política uberabense e do amor sincero de um cidadão que literalmente doa sua vida à sua cidade.

No passeio pelo shopping também encontrei os promotores de Justiça, doutores José Carlos e João Davina, com os quais tive mais uma oportunidade de aprender um pouco mais sobre a visão do bem-estar social e os cuidados necessários que devemos ter no exercício de nossas profissões.

Fui presenteado no final de semana, com conhecimentos mil, através de encontros com o dr. Fernando Tiago, médico angiologista, corintiano “roxo” e ponderado analista político-social de primeira linha. Estive também com o professor, escritor, poeta, promotor de justiça aposentado e meu querido pai, dr. Ariovaldo Alves de Figueiredo e com o grande historiador, professor e imortal dr. Guido Bilharinho, fui contemplado por ambos com relatos sobre os grandes nomes da História de Uberaba. Foram comentários de fatos vivenciados com personalidades como Virgílio Machado Alvim, Edson Gonçalves Prata, Mário de Almeida Franco, Lineu Miziara, Helvécio Moreira de Almeida, Aluizio Ignácio de Oliveira, Monsenhor Juvenal Arduini e tantos outros.

Sentado ao lado de meu pai pude relembrar e ver passar em meus pensamentos, uma Uberaba de outrora vivenciando trechos do artigo escrito por Frei Betto, intitulado “Minha Cidade”, onde ele afirma que as cidades não deveriam crescer, pois assim, seríamos sempre crianças, mesmo quando adultos. “Vi” as frondosas árvores por toda a extensão da av. Leopoldino de Oliveira, as muretas que protegiam os pedestres de caírem no córrego e a preocupação da polícia militar era com o trânsito.

Mas os tempos mudaram. As ruas já não são mais pavimentadas de pedras, entre as quais crescia o capim, e a água desaparecia sugada por uma esponja, evitando enchentes e destruição. Antes, ninguém falava alto e não existiam tantos carros-bombas e auto-falantes berrando nas portas das lojas. Todo mundo conhecia todo mundo. Não exista tanta insegurança.

Havia vida, respeito e progresso em Uberaba.

Ah, Uberaba... Hoje, o que vivenciamos é um gigantesco processo de crescimento canibalesco, visando o lucro pelo lucro, sem se importar com o bem-estar e o progresso consciente.

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