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Promotoria denuncia dois pela morte de catador de recicláveis

Corpo de Rogério Henrique Ribeiro foi localizado por funcionários do local, que se depararam com a vítima deitada em um sofá, coberta por um plástico

Thassiana Macedo
Publicado em 21/03/2017 às 07:37Atualizado em 16/12/2022 às 14:30
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Neto Talmeli

Corpo de Rogério Henrique Ribeiro foi encontrado em um sofá de ecoponto no Residencial Estados Unidos

A 5ª Promotoria de Justiça com atribuição Criminal e de Defesa dos Direitos Humanos apresentou denúncia ao juízo da 3ª Vara Criminal de Uberaba contra dois homens acusados de matar Rogério Henrique Ribeiro, vulgo “Granjão”, a golpes de pá. O crime ocorreu no dia 27 de dezembro de 2016 em ecoponto do bairro Residencial Estados Unidos, situado na rua Alaska.

Conforme a denúncia do promotor Laércio Conceição Lima, dias antes do crime, o indiciado L.N.S., vulgo “Leo Cabeção”, brigou com Rogério. O motivo dessa desavença seria uma acusação feita pela vítima, que atribuiu a ao indiciado a autoria de um crime de furto de alguns brinquedos. Naquela ocasião, “Leo Cabeção” chegou a entrar em luta corporal com a vítima, ameaçando-a de morte. As ameaças foram presenciadas por quatro testemunhas, que informaram ao promotor que dias depois da briga “Leo Cabeção” ateou fogo ao barraco onde “Granjão” dormia, no ecoponto, no intuito de acabar com a vida de seu desafeto.

Laércio Conceição apurou que, não conseguindo matar Rogério com o incêndio, “Leo Cabeção” se uniu a G.H.M. para uma nova tentativa. No dia do crime, os dois se dirigiram até o ecoponto do bairro Estados Unidos, local destinado à coleta e seleção de lixo, onde a vítima Rogério frequentemente dormia. Segundo declarações do indiciado “Leo Cabeção”, os três faziam o uso de drogas no local e surgiu uma desavença por “pedras de crack” entre o acusado G.H.M. e Rogério.

Devido a esse fato, ambos, movidos por suas, rixas muniram-se de uma pá e desferiram golpes contra a região da cabeça da vítima, produzindo os ferimentos descritos no laudo de necropsia e que foram a causa de sua morte. Em seguida, deixaram o local. “Ressalta-se que, naquela oportunidade, diante da investida inopinada dos indiciados, a vítima não teve a oportunidade de oferecer qualquer resistência”, destaca o promotor.

O corpo de Rogério foi localizado por volta de 8h por dois funcionários do local, os quais chegaram ao ecoponto e se depararam com a vítima deitada em um sofá, coberta por um plástico. Se a denúncia for aceita pelo juízo da 3ª Vara Criminal, dos dois indiciados serão levados a júri popular.

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