ARTICULISTAS

O que se leva da vida...

Poucas vezes vi o Cine Teatro Municipal Vera Cruz tão lotado para atender a uma causa nobre

João Eurípedes Sabino
Publicado em 12/11/2010 às 20:36Atualizado em 20/12/2022 às 03:16
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Poucas vezes vi o Cine Teatro Municipal Vera Cruz tão lotado para atender a uma causa nobre como no dia 05/11/2010. As Orquestras de Violas da Fundação Cultural e do Colégio Dr. José Ferreira, regidas por Nicodemos Oliveira, abriram um belo o show e marcaram suas presenças. Elas participaram das homenagens ao jovem Alberto Crozara Oliveira, filho do maestro, que deu a volta por cima depois de se submeter a uma exigente quimioterapia.

Nathalie Oliveira e Romeu Borges, num misto de balé clássico e catira tradicional, mostraram que a emoção não tem limites para se manifestar. O público ovacionou o casal de dançarinos, cujos pés, com sapatilhas deslizantes e botas que trepidavam, flutuavam no palco. Vimos ali a extrema conjugação de uma arte completando outra!

Fernando e Osmair, donos de um ótimo repertório musical, além de bons instrumentistas, agradaram a todos e atingiram o ponto alto de suas interpretações com a música Amor e saudade, de Tião Carreiro. O grupo de catira Os Considerados, de Silvânia/GO, fez tremer o palco e levantar poeira com palmas e sapateados no estilo rojão. Aplausos!!!

Marcos Violeiro e Cleiton Torres, donos de um talento raro e emergente, mostraram que a viola “geme” nas mãos do primeiro, enquanto o harmonioso violão “chora” junto ao peito do segundo. Juliana Andrade, a Princesa da Viola, deu um show à parte, tendo por perto a filhinha Lavínia e no ventre outra esperada criança.

O cantor Palmeri, que era velado naquela noite, recebeu homenagens de Marcos, Cleiton, Nicodemos e da plateia. Cantamos, juntos, Amor em segredo, música que consagrou Palmeri.

Finda aquela inesquecível apresentação beneficente, as irmãs Juma e Vilma Caetano recepcionaram depois os artistas e outros amigos. Naquele aconchegante clima familiar, conversando com o vitorioso Alberto, recordamos que realmente, “O que se leva da vida é a vida que se leva”. Tudo o mais é efêmero...

(*) presidente do Fórum Permanente dos Articulistas de Uberaba e Região e membro da Academia de Letras do Triângulo Mineiro

 

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