CIDADE

Restaurante terceirizado do IFTM para e alunos ficam sem almoço

Funcionários paralisaram suas atividades por estar com salários atrasados há dois meses; empresa diz que a instituição não paga pelos serviços há três meses

Thassiana Macedo
Publicado em 15/03/2017 às 07:37Atualizado em 16/12/2022 às 14:38
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Neto Talmeli 

Alunos foram até a reitoria do IFTM, onde cobraram solução para o problema    Alunos do ensino médio e superior do Instituto Federal do Triângulo Mineiro (IFTM)/campus Uberaba estão sem acesso ao restaurante acadêmico em razão de greve iniciada pelas funcionárias da copa e cozinha. O restaurante acadêmico é o único local do campus, localizado a cerca de 15km da cidade, que oferece almoço a estudantes e funcionários do instituto. Problema gerou protesto ontem na porta da reitoria.   Segundo os estudantes, que entraram em contato com o Jornal da Manhã, o restaurante acadêmico atende por dia cerca de 800 alunos para a principal refeição do dia. O número sobe para 1.000 por dia levando-se em consideração que muitos funcionários também almoçam no local. Com a paralisação do funcionamento, os estudantes têm sido obrigados a comer na cantina particular, localizada dentro do campus, que oferece apenas lanches, a um preço maior - o qual não é acessível e nem saudável -, aos estudantes da instituição, tanto do ensino médio quanto do superior.   O motivo da paralisação, segundo os estudantes, seria o fato de que as funcionárias estariam sem receber da empresa Adserte há cerca de dois meses. A empresa terceirizada seria responsável por gerir os recursos humanos do restaurante, visto que os alimentos são produzidos dentro do próprio instituto, como prática de alguns cursos, e fornecidos aos alunos por um preço diferenciado. Os alunos teriam sido informados pela reitoria do IFTM que o recurso pela prestação do serviço já foi repassado à empresa, mas o repasse não foi confirmado.   Em nota ao JM, a assessoria de comunicação informou que o IFTM, campus Uberaba, está tomando as providências cabíveis para que essa situação seja normalizada o quanto antes. A instituição afirma ainda que já está trabalhando em um processo para contratação emergencial de serviços terceirizados de copa e cozinha, visando suprir às necessidades da comunidade acadêmica. “Na oportunidade, destacamos que a atual empresa foi penalizada e seu contrato será rescindido”, ressaltou o instituto. Empresa diz que Instituto ainda não pagou notas de três meses de serviços

A reportagem também entrou em contato com a empresa Adserte - Administração e Terceirização de Mão de Obra, empresa terceirizada responsável pelas funcionárias de copa e cozinha do restaurante. Conforme nota assinada pelo diretor financeiro da empresa, Dirceu Barcelos da Silva, o valor pendente de pagamento aos terceirizados é referente somente ao salário do mês de fevereiro, vale-alimentação e vale-transporte de março.

Ele informa ainda que “a empresa sempre procurou efetuar os pagamentos em dia, independentemente do recebimento do instituto, afinal, mantemos mais de dois mil empregados em diversos órgãos públicos, mas infelizmente, devido à crise financeira que se abateu sobre várias empresas em 2015 e 2016, nossa empresa está completamente descapitalizada”.

A nota informa ainda que o IFTM deve três notas à empresa referente aos serviços prestados de dezembro de 2016, janeiro e fevereiro de 2017. “Nos colocamos à disposição do IFTM para autorizar o direcionamento dos recursos devidos à empresa diretamente aos colaboradores afetados, como já fizemos em outros órgãos da Administração Pública”, reforça Dirceu Barcelos.

       

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