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Falando de jogos

Os jogos já eram utilizados desde a Grécia Antiga para a educação dos jovens

Sandra de Sousa Batista Abud
Publicado em 15/05/2019 às 22:17Atualizado em 17/12/2022 às 20:47
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Os jogos já eram utilizados desde a Grécia Antiga para a educação dos jovens. Hoje, os jogos param o tempo e são a fuga das regras e da moralidade da sociedade. 

Uma das características do jogo é a competitividade, de modo que os homens desejem sempre a superação das forças e a manifestação da excelência de suas jogadas.

“Na Grécia Antiga, a Educação teve uma forte ligação com os jogos e os esportes, principalmente porque era baseada na formação que buscava integração entre corpo e espírito. Os gregos davam ao exercício físico um papel de grande destaque nos vários setores da vida social. Os jogadores, por sua vez, complementavam a aquisição de conhecimento. Nesse cenário, durante a celebração de festas, os jogos atléticos helênicos tiveram enorme importância.

A relevância dessa manifestação não se restringia, apenas, às práticas esportivas e à Educação Física. Os gregos mantinham, também, outros tipos de jogos, não incluídos nos festivais de atletismo, que serviam fundamentalmente para ocupar as horas de descanso e ócio, além de educar. Entre eles se destacam alguns tradicionais, que ainda existem até os dias atuais, como pião, andar a cavalo, ioiô, jogos de azar com dados e jogos com bola. Platão, que tinha sido um excelente lutador, deu grande importância ao esporte na educação dos jovens. Ele defendia que a música e a ginástica eram as disciplinas educativas que deviam se combinar para alcançar a perfeição da alma.

Aristóteles também considerava a ginástica uma das matérias educativas. Contudo, a prova definitiva de que os jogos tiveram grande peso na educação do povo grego foi a criação das Olimpíadas.”

O espírito de jogo possibilita o movimento criador liberado de todo julgamento moral, atuando como um processo orgânico que brota nele mesmo e cujo propósito último é a possibilidade de autossatisfação.

A abertura mágica que o jogo proporciona potencializa a espontaneidade, em que o indivíduo, ao se perceber liberto das condicionantes sociais e culturais, tende a manifestar traços profundos de sua personalidade. Muito mais do que homens racionais, somos homens lúdicos, pois em todas as culturas explora-se a experiência do jogo.

O jogo se apresenta como a ruptura da ordem normativa de toda a medida, podendo causar transformações conforme a imaginação lúdica.

Por meio de um saudável instinto de rivalidade entre os homens, a competição estimulada pelos jogos estimula também o aprimoramento pessoal das habilidades, pois, através do desenvolvimento das respectivas qualidades, através da competição, a vida humana se enriqueceria infinitamente e, consequentemente, beneficiaria a coletividade social, não apenas nos esportes, mas na política, nas artes liberais, no trabalho, em todas as relações humanas, pois todas elas exigem a existência de opostos.

O espírito do jogo fornece ao ser humano a descoberta do poder criador diante da realidade, dando-lhe novos significados. 

A expressão fair play significa jogo justo, ou seja, jogar limpo, ter espírito esportivo. O conceito está vinculado à ética no meio esportivo, que estabelece que os praticantes não devem prejudicar o rival. Contudo, hoje em dia, o fair play é usado em todos os setores da sociedade e representa apresentar conduta de acordo com padrões éticos e morais.

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